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Debian, FreeBSD e Software Livre

Jogando no FreeBSD!

Quem disse que FreeBSD é apenas para Servidor?

por SilCarlos

Embora o FreeBSD seja conhecido por sua estabilidade, desempenho e recursos avançados, não é a escolha mais comum para jogos de videogame. As distribuições mais populares para jogos geralmente são baseadas em GNU/Linux, como o SteamOS. No entanto, é importante notar que a maioria dos desenvolvedores de jogos foca em sistemas operacionais mais populares, como Microsoft Windows e Android, o que significa que o suporte e a disponibilidade de jogos para FreeBSD podem ser limitados.

Nem tudo está perdido, é possível executar jogos em FreeBSD usando emuladores e outras ferramentas de compatibilidade (Linux). Neste artigo veremos algumas formas de jogar no FreeBSD. Boa leitura.

Sobre o FreeBSD

O FreeBSD tem suas origens na história do sistema operacional BSD (Berkeley Software Distribution). Foi derivado do sistema Unix, desenvolvido na Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos. A Universidade da Califórnia desempenhou um papel significativo no desenvolvimento do Unix. Alguns dos principais contribuidores incluíam Bill Joy, Ken Thompson, Dennis Ritchie e outros.

Ao longo dos anos 70 e início dos anos 80, a UC Berkeley lançou uma série de versões do BSD Unix. A versão 4.2BSD foi especialmente influente. Contudo, as versões iniciais ainda continham código do Unix AT&T, e a universidade estava limitada em sua capacidade de distribuir livremente essas versões devido às restrições de licenciamento. Para contornar as restrições, em meados da década de 1980, a Universidade de Berkeley lançou uma versão chamada “BSD-Lite”, que continha apenas código original da Berkeley e não incluía o código do Unix AT&T. Esse código era mais livremente distribuível.

Em 1993, um grupo de voluntários liderados por Jordan Hubbard, David Greenman e Rod Grimes começou a trabalhar em uma versão derivada do BSD-Lite que eventualmente se tornaria o FreeBSD. A ideia era criar um sistema operacional livre e de código aberto, baseado nas fundações do BSD, mas com melhorias e atualizações significativas.

A primeira versão oficial do FreeBSD, a 1.0, foi lançada em dezembro de 1993. Desde então, o sistema operacional passou por desenvolvimento contínuo e evoluiu com contribuições da comunidade de código aberto ao longo dos anos. Uma das razões pelas quais o FreeBSD se tornou popular foi a escolha da licença BSD, que é conhecida por sua permissividade. Isso permitiu que o código fosse amplamente utilizado e incorporado em outros projetos, até mesmo comerciais.

Atualmente é amplamente utilizado em servidores, computadores pessoais (PC), computadores de placas únicas (SBC) e internet das coisas – IoT.

Também é a base para muitos sistemas populares, como:

  • MidnightBSD e GhostBSD (Desktop)
  • TrueNAS (NAS)
  • pfSense (Firewall)
  • RaspBSD (SBC)
  • PlayStation e Nintendo Switch (Videogame)

Algumas características notáveis do FreeBSD:

  • Licença BSD: É conhecida por ser bastante permissiva. Isso permite que o código-fonte seja utilizado e distribuído livremente, inclusive em projetos comerciais.

  • Desenvolvimento Comunitário: É mantido por uma comunidade de voluntários. Existem várias equipes e colaboradores que contribuem para diferentes aspectos do sistema operacional.

  • Port System: Possui um sistema de gerenciamento de pacotes chamado “Ports” que permite os usuários instalarem e atualizarem facilmente softwares adicionais a partir do código-fonte, adaptando-os às configurações específicas do sistema.

  • Desenvolvimento de Redes: É frequentemente utilizado em servidores de rede e é conhecido por seu desempenho em ambientes de servidor. oferece suporte robusto para redes e possui uma pilha TCP/IP de alto desempenho.

  • ZFS: Inclui suporte ao sistema de arquivos ZFS (Zettabyte File System), um sistema de arquivos avançado, que oferece recursos como compactação, detecção e correção de erros, entre outros.

  • Jails: O FreeBSD introduziu o conceito de “jails”, que são ambientes de sistema operacional virtualizados, permitindo isolar processos e ambientes de sistema.

  • Segurança: Tem uma reputação de ser um sistema operacional seguro. Possui recursos avançados de segurança, como o PF (Packet Filter) para filtragem de pacotes e o sistema de auditoria para rastreamento de eventos.

Como Instalar FreeBSD com ambiente Gráfico?

Neste artigo não irei abordar a instalação do sistema operacional FreeBSD, porém, deixarei logo abaixo um video didático do RibaLinux abordando a instalação do FreeBSD com ambiente gráfico GNOME.

https://inv.tux.pizza/watch?v=a9DMrEl-1DU

Sobre o Gerenciamento de pacotes no FreeBSD

O FreeBSD possui dois sistemas de gerenciamento de pacotes: PKG e Ports. Ambos têm funções semelhantes, mas diferem na forma como os pacotes são gerenciados e instalados.

PKG

É um sistema de gerenciamento de pacotes binários. Ele simplifica o processo de instalação, remoção e atualização de software, fornecendo pacotes pré-compilados que podem ser instalados de forma rápida e eficiente. Os pacotes binários são compilados por mantenedores de pacotes e geralmente são mais convenientes para usuários finais.

Exemplos:

$ sudo pkg install mame

$ sudo pkg install openttd

VOCÊ SABIA!?

O OctoPkg é uma interface gráfica semelhante ao Synaptics do Debian para o gerenciador de pacotes pkg do FreeBSD. Ele permite aos usuários pesquisar, instalar, remover e atualizar pacotes pkg graficamente, além de mostrar arquivos instalados, descrição do pacote, metadados e dependências. OctoPkg é baseado em Qt e fornece uma maneira conveniente de gerenciar pacotes no FreeBSD.

PORTS

O sistema de ports é mais flexível e oferece aos usuários mais controle sobre o processo de compilação do software a partir do código-fonte. Cada port contém scripts e instruções para baixar, compilar e instalar um determinado programa. Isso permite personalizar opções de compilação e ajustar o software para atender às necessidades específicas do usuário.

Exemplos:

$ cd /usr/ports/emulators/mame && sudo make install clean

$ cd /usr/ports/games/freecol/ && sudo make install clean

VOCÊ SABIA!?

O sistema operacional MidnightBSD (derivado do FreeBSD) possui uma interface gráfica para o gerenciamento e configuração do Ports, chamado mports, que vem disponível no ambiente de trabalho GNUstep. Mports é o sistema de gerenciamento de pacotes padrão do MidnightBSD, que permite aos usuários instalar (mports install), atualizar (mports update) e remover (mports delete) software no sistema no modo gráfico.

Mais detalhes sobre mports, no link logo abaixo:

https://www.midnightbsd.org/documentation/mports/index.html

A escolha entre pkg e ports geralmente depende das preferências e requisitos do usuário. Para a maioria dos usuários, o pkg é mais conveniente, enquanto os desenvolvedores e usuários avançados podem preferir a flexibilidade oferecida pelos ports.

Neste artigo utilizarei os dois métodos de instalação de pacotes, isto é, pkg e o ports.

Como consultar a lista de pacotes do port no Freebsd?

Para consultar a lista de ports disponíveis no FreeBSD, você pode usar o comando portsnap. Este comando é utilizado para manter e atualizar uma coleção de árvores de ports em seu sistema operacional.

Aqui estão os passos básicos:

1) Certifique-se de que você tem portsnap instalado;

$ sudo pkg install portsnap

2) Baixe a coleção de árvores de ports;

$ sudo portsnap fetch

3) Extraia a coleção de árvores de ports;

$ sudo portsnap extract

4) Atualize a coleção de árvores de ports;

$ sudo portsnap update

5) Pesquise a lista de categorias e ports:

$ cd /usr/ports $ ls

A árvore de ports estará localizada no diretório /usr/ports. Você poderá explorar este diretório para encontrar as categorias e os ports disponíveis.

Você também poderá navegar para uma categoria específica e ver os ports dentro dela, por exemplo:

$ cd /usr/ports/emulators/ $ ls

Se preferir, você também pode usar a função make search dentro de um diretório específico para procurar por ports. Por exemplo:

$ cd /usr/ports $ make search mame

Lembre-se de que explorar manualmente a árvore de ports pode ser um pouco trabalhoso, e muitas vezes é mais eficiente usar ferramentas de busca online, específicas para o ports, como o FreshPorts.

Freshports oficial: https://www.freshports.org/

Jogos Livres no FreeBSD

Também chamados de “jogos de código aberto” são jogos distribuídos livremente sob uma licença de software livre: GPL, BSD, Apache ou MIT, desenvolvidos, geralmente, por grupos de pessoas ou organizações, conhecidos por Comunidades. Dentro das comunidades, muitos desenvolvedores são voluntários ou entusiastas de jogos eletrônicos.

FreeBSD é conhecido por ser uma distribuição que valoriza o software livre e de código aberto. Portanto, é natural que haja uma variedade de jogos de código aberto para o sistema.

lista de jogos livres ou código aberto para FreeBSD:

Tiro em primeira pessoa (FPS)

  • AssaultCube (semelhante a Counter-Strike)
  • AlienArena
  • OpenArena (semelhante a Quake 3)
  • Sauerbraten
  • Nexuiz
  • RedEclipse
  • Doom-freedoom (versão melhorada de Doom)

Jogo de Tiro (shootemup)

  • Battle Tanks
  • XGalaga

Estrategia (Strategy)

  • 0.A.D (semelhante a Age of Empires)
  • Warzone2100
  • MegaGlest
  • FreeCiv (semelhante a Civilization)
  • FreeOrion
  • Pingus (semelhante a Free Lemmings)

Multijogador (Multiplayer)

  • Minetest (semelhante a Minecraft)
  • Hedgewars (semelhante a Worms)
  • TeeWorlds

Plataforma (Platform)

  • SuperTux (semelhante a Super Mario Bros)
  • Frogatto

Corrida (Racing)

  • SuperTuxKart (semelhante a Super Mario Kart)
  • TuxRacer
  • Trigger-Rally
  • XRacer

Jogo de Representação (RPG)

  • Flare-engine
  • Wesnoth
  • Adonthell

Simulador (Simulator)

  • FlightGear (Aviões)
  • LinCity (Cidades)
  • SimuTrans (Transportes)
  • OpenTTD (Transportes)
  • BillardGL (Sinuca)
  • FreeTennis (Tênis)

Blocos que Caem (Tetris)

  • BlockOut
  • Frozen-Bubble
  • XBubble
  • Crack-Attack

Como instalar jogos usando o gerenciador de pacotes PKG?

O gerenciador de pacotes PKG é a ferramenta padrão para gerenciar pacotes binários no FreeBSD. É usado para instalar (INSTALL), atualizar (UPDATE), listar (LIST) e remover (REMOVE) pacotes de software no sistema. O pkg simplifica o processo de gerenciamento de software, pois, não precisa compilar, permitindo que os usuários instalem e atualizem facilmente aplicativos e bibliotecas.

Exemplos:

$ sudo pkg install minetest

$ sudo pkg install snes9x-gtk

$ sudo pkg install assaultcube

e assim por diante...

Jogos através do Ports Tree

Ports são uma coleção de pacotes de software que permite compilar e instalar aplicativos na plataforma FreeBSD. Essa coleção contém informações necessárias para baixar, extrair, compilar e instalar aplicativos. É composta por mais de 38.487 portais disponíveis (até fevereiro de 2020).

Os ports são uma alternativa para instalações personalizadas e permitem que os usuários interajam diretamente no processo de compilação e configuração do aplicativo. São mais flexíveis e permitem que os usuários entendam o processo de compilação, configuração e geração de binários.

Lista de jogos Completa no Ports, link logo abaixo:

https://cgit.freebsd.org/ports/tree/games

Instalando jogos através do Ports:

1) Instale a Coleção de Ports:

Antes de compilar um aplicativo usando um port, é necessário instalar a Coleção de Ports. Se não foi instalada durante a instalação do sistema operacional FreeBSD, use o comando a seguir para baixar o snapshot comprimido mais recente da Coleção de Ports e do diretório /usr/ports:

Exemplo:

$ portsnap fetch extract

2) Compilação e Instalação:

Após a instalação da Coleção de Ports, você pode compilar e instalar o jogo desejado. Os ports permitem uma instalação mais personalizada, permitindo que os usuários interajam diretamente com o processo de compilação e configuração do jogo.

Exemplos:

$ cd /usr/ports/games/nexuiz/ && sudo make install clean

$ cd /usr/ports/games/widelands/ && sudo make install clean

$ cd /usr/ports/games/minetest/ && sudo make install clean

e assim por diante...

Fliperama no FreeBSD

Também conhecido como Arcade, é uma máquina de jogos eletrônicos ou eletromecânicos projetada para ser operada publicamente em locais como salões de jogos, shopping centers, restaurantes e outras áreas de entretenimento. Ganharam popularidade nas décadas de 1970 e 1980, durante a chamada: “era de ouro dos videogames”.

As máquinas de fliperama apresentam uma variedade de jogos, como: jogos de luta, jogos de tiro, jogos de plataforma e jogos de corrida. E funcionam inserindo moedas ou fichas para desbloquear uma sessão de jogo por tempo limitado.

MAME, além de emular jogos, também emula com precisão e fidelidade os sistemas de hardware das máquinas de fliperama originais, como: processadores, placas de vídeo, som e entradas de controle.

Instalando MAME no FreeBSD

Você não terá dificuldades para instalar o emulador no FreeBSD. Poderá instalá-lo usando gerenciador de pacotes PKG, o Ports ou usando apenas gerenciador de pacotes gráfico, OctoPKG.

Exemplos:

a) usando o gerenciador PKG

$ sudo pkg install mame

b) usando o ports tree

$ cd /usr/ports/emulators/mame/ && sudo make install clean

Apos a instalação do pacote, você precisará criar o arquivo de configuração do MAME manualmente. Esta tarefa precisa ser feita no terminal do seu ambiente gráfico.

Veja o exemplo:

Abra o terminal que acompanha o seu ambiente de trabalho e digite o seguinte comando:

cd ~/.mame && mame -cc

O comando acima não precisa estar logado como Root. Este cria o arquivo de configuração mame.ini no diretório /.mame. Nele, encontram-se os caminhos para: Roms, Cheats, Arts, Samples, Languages, Plugins, etc.

Usando Trapaças (Cheats) no MAME:

Com arquivo de configuração mame.ini criado, poderemos ativar cheats no mame. Abra o arquivo com um editor de textos de sua preferência e siga para opção: CORE MISC OPTIONS. Na linha cheat, mude o valor de 0 (zero) para 1 (um). Pronto!

Para usar cheats no MAME, é necessário baixar o arquivo cheats compactado e colocá-lo numa pasta de mesmo nome (Cheat) no diretório raiz do MAME.

https://www.mamecheat.co.uk/mame_downloads.htm

Depois, abra o emulador e com qualquer jogo rodando, pressione “Tab” e escolha a opção “Cheat”. Em seguida, selecione o cheat que deseja usar e ative-o.

Jogos Retro no FreeBSD

Também conhecidos como retrogaming, são jogos eletrônicos que foram lançados em épocas anteriores, geralmente nas décadas de 1970, 1980 e 1990. São caracterizados por seus gráficos, sons simples e jogabilidade desafiadora.

Tendem a priorizar a jogabilidade e a diversão imediata em vez de gráficos e recursos avançados. São frequentemente associados a consoles clássicos como: Atari 2600, Super Nintendo, Sega Genesis, Sega Master System, Sega Saturn, Sega Dreamcast, Sony PlayStaion One, etc.

Muitos jogos modernos também são projetados para emular o estilo e a sensação dos jogos retro. Esses jogos são conhecidos como “retro-inspired” ou “retro-style” e buscam capturar a essência dos jogos clássicos enquanto incorporam elementos modernos.

Retrogaming pode ser:

  • Vintage: São os jogos originais.
  • Emulado: Simula um jogo antigo em hardware moderno.
  • Portado: O Jogo antigo é transportado por completo para um hardware moderno
  • Homebrew: jogos novos e originais para consoles antigos.
  • Remakes: jogos remasterizados ou refeitos para plataformas modernas.

Há uma variedade de emuladores retro disponíveis para jogar no FreeBSD, vejamos alguns dos melhores:

Super Nintendo (Snes9x)

a) usando o gerenciador PKG

$ pkg install snes9x-gtk

b) usando o ports tree

$ cd /usr/ports/emulators/snes9x-gtk/ && sudo make install clean

Sega Genesis/MegaDrive (DGen)

a) usando o gerenciador PKG

$ sudo pkg install dgen-sdl

b) usando o ports tree

$ cd /usr/ports/emulators/dgen-sdl/ && sudo make install clean

Nintendo 64 (mupen64plus)

a) usando o gerenciador PKG

$ sudo pkg install mupen64plus

b) usando o ports tree

$ cd /usr/ports/emulators/mupen64plus/ && sudo make install clean

Gamecube & Nintendo Wii (dolphin)

a) usando o gerenciador PKG

$ sudo pkg install dolphin-emu

b) usando o ports tree

$ cd /usr/ports/emulators/dolphin-emu/ && sudo make install clean

Sony PlayStation 2 (pcsx2)

a) usando o gerenciador PKG

$ sudo pkg install pcsx2

b) usando o ports tree

$ cd /usr/ports/emulators/pcsx2/ && sudo make install clean

Sega Dreamcast (reicast)

a) usando o gerenciador PKG

$ sudo pkg install reicast

b) usando o ports tree

$ cd /usr/ports/emulators/reicast/ && sudo make install clean

Sony PlayStation Portavel (ppsspp)

a) usando o gerenciador PKG

$ sudo pkg install ppsspp

b) usando o ports tree

$ cd /usr/ports/emulators/ppsspp/ && sudo make install clean

Jogos Proprietários no FreeBSD

São jogos desenvolvidos e lançados por empresas, estúdios ou desenvolvedores individuais que detêm os direitos exclusivos sobre eles. Essas organizações possuem os direitos de propriedade intelectual e controle total sobre o desenvolvimento, distribuição e comercialização dos jogos.

Geralmente, são desenvolvidos com o objetivo de obter lucro e são vendidos ou disponibilizados para os jogadores mediante pagamento de licenças ou chaves de ativação para serem jogados.

Jogos proprietários costumam ser lançados para plataformas específicas, como: consoles de videogame (Sony PlayStation, Microsoft Xbox, Nintendo Switch) ou sistemas operacionais proprietários: Microsoft Windows e MacOS.

Os jogadores não têm acesso ao código-fonte ou à capacidade de modificar o jogo além das opções oferecidas pelos desenvolvedores.

No FreeBSD há algumas maneiras de rodar jogos proprietários: uma usando o cliente para plataformas de jogos digitais, Steam. A outra é usando o Wine (Mizuma).

a) Steam

É uma plataforma de distribuição de jogos livres e proprietários digitais para computadores pessoais ou móveis, desenvolvida e operada pela empresa estadunidense, Valve Corporation.

A Steam foi lançada no ano de 2003, de lá para cá, se tornou uma das principais plataformas de jogos para PC, oferecendo uma ampla seleção de jogos para compra, download e jogos online.

O objetivo da Steam é fornecer aos jogadores um local centralizado para comprar, gerenciar e jogar títulos populares de grandes desenvolvedoras, jogos independentes e até mesmo jogos desenvolvidos pela própria Valve.

Deixar claro que não há um instalador oficial do Steam para Freebsd, o que vamos utilizar é uma adaptação do Steam Linux (linux-steam-utils) para FreeBSD.

Como instalar Steam no FreeBSD?

a) usando o gerenciador PKG

$ sudo pkg install linux-steam-utils

b) usando o ports tree

cd /usr/ports/games/linux-steam-utils/ && make install clean

B) Mizuma (Wine)

Mizuma é um front-end para o Wine, que é um programa de código aberto que permite executar aplicativos desenvolvidos para o Microsoft Windows em sistemas baseados em Unix, como o FreeBSD. O Mizuma facilita a execução de uma lista de aplicativos do Windows no FreeBSD, fornecendo uma interface gráfica para iniciar esses aplicativos com o Wine. Permite escolher a versão do DXVK durante a instalação do aplicativo.

Você poderá conferir mais sobre o Mizuma no link logo abaixo:

https://codeberg.org/Alexander88207/Mizutamari

Como instalar o Mizuma no FreeBSD?

a) usando o gerenciador PKG

$ sudo pkg install mizuma

b) usando o ports tree

$ cd /usr/ports/games/mizuma/ && sudo make install clean

Como usar o Mizuma para jogar no FreeBSD?

Para usar o Mizuma para jogar jogos no FreeBSD, é necessário instalar o Mizuma e o Wine no sistema operacional. Depois de instalar o Mizuma e o Wine, abra o Mizuma e selecione o jogo que deseja jogar. O Mizuma irá configurar automaticamente o Wine para executar o jogo. Se o jogo exigir configurações adicionais, o Mizuma permitirá que você as configure antes de executar o jogo.

É importante lembrar que nem todos os jogos do Windows funcionarão corretamente no FreeBSD com o Wine, então é necessário verificar a compatibilidade antes de tentar executar um jogo.

REFERÊNCIAS

https://freebsdfoundation.org/freebsd-project/what-is-freebsd/

https://www.midnightbsd.org/about/

https://www.phoronix.com/news/MidnightBSD-3.0-Coming-Soon

https://www.wikihow.com/Add-Cheats-to-MAME

https://docs.freebsd.org/pt-br/books/porters-handbook/pkg-files/

https://docs.freebsd.org/pt-br/books/handbook/ports/

https://www.redalyc.org/journal/5044/504459802011/html/

https://www.sbgames.org/sbgames2012/proceedings/papers/artedesign/AD_Full22.pdf


SilCarlos é técnico em redes de computadores com especialidade em segurança de redes de computadores. Também é estudante de literatura portuguesa. -----------------------
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Consultando o Oráculo!

Conseguindo informação e suporte para estes sistemas: Debian, NetBSD e FreeBSD

por SilCarlos

Por onde Começar?

A contemporaneidade (hoje) é dominada por sistemas operacionais proprietários, como Microsoft Windows, MacOS, Oracle Solaris, IBM AIX, UnixWare, etc., mas, existem alternativas viáveis e poderosas que oferecem flexibilidade, segurança e liberdade. Entre essas alternativas destacam-se os sistemas operacionais livres e de código aberto, como o Debian, o NetBSD e o FreeBSD. Esses sistemas são mantidos por comunidades ativas de desenvolvedores e usuários (consumidores), que trabalham juntos para garantir a qualidade e a segurança do software.

No entanto, para aqueles que estão acostumados com sistemas operacionais proprietários, pode ser desafiador encontrar informações e suporte para esses sistemas. Isso é especialmente verdadeiro quando se considera que os recursos disponíveis para esses sistemas podem ser menos abundantes do que para sistemas proprietários.

Neste artigo, apresento uma visão geral dos recursos disponíveis para obter informações e suporte sobre o Debian, o NetBSD e o FreeBSD. Desde a documentação oficial até as comunidades on-line, você aprenderá como encontrar as informações e o apoio necessário para usar esses sistemas operacionais de forma eficiente e segura.

A) Debian

Existem diversas opções para obter informação ou suporte para o sistema operacional universal. Vejamos algumas:

Wiki:

A wiki do debian é a primeira parada. Aqui contém informações úteis e guias para solucionar problemas comuns, infelizmente, não é tão abrangente se comparado à wiki Arch Linux ou Gentoo.

Website oficial: https://wiki.debian.org/pt_BR/FrontPage?action=show&redirect=P%C3%A1ginaPrincipal

Documentação:

A segunda para obrigatória na documetação. Debian possui uma documentação extensa que inclui guias para usuários ou para administradores. Aqui voce encontrara formas de instalar ou configurar softwares, também resolver problemas do dia a dia (troubleshooting).

Guia do Usuário: https://www.debian.org/doc/manuals/debian-faq/index.pt.html

Guia do administrador: https://debian-handbook.info/browse/pt-BR/stable/

Listas de Discussão:

Se você não conseguiu resolver seu problema consultando a wiki ou A documentação. Nas listas de discussão você pode fazer perguntas e obter respostas de outros usuários ou dos desenvolvedores do sistema.

website oficial: https://www.debian.org/MailingLists/

Comunidades on-line:

Existem várias comunidades on-line dedicadas ao Debian como fóruns. É uma opção para obter ajuda de outros usuários experientes.

Fórum, Debian (português): https://www.forumdebian.com.br/

Forum, Viva o Linux: https://www.vivaolinux.com.br/

Fórum, Debian (inglês): https://forums.debian.net/

Grupos no Telegram: https://debianbrasil.org.br/grupos-no-telegram/

Eventos do Debian: https://debianbrasil.org.br/

Suporte Comercial:

Se você precisar de suporte comercial ou profissional de alta prioridade, há empresas que oferecem suporte comercial para o sistema operacional universal. Essas empresas geralmente empregam desenvolvedores do Debian e fornecem suporte 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Parceiros do Debian: https://www.debian.org/partners/index.pt.html

VOCÊ SABIA?!

Debian possui um projeto que estende o ciclo de vida de todas as versões estáveis pelo menos 5 anos!

Chama-se: Projeto Debian Long Term Support (LTS) é formada por um grupo de voluntários(as) e empresas interessadas na manutenção da segurança das várias versões estáveis. É um projeto importante para empresas e organizações (ONGs, Universidades, etc.) que precisam de estabilidade e segurança em seus sistemas, e permite que os(as) usuários(as) continuem a usar versões estáveis do Debian por mais tempo. As empresas que usam o Debian LTS e que beneficiam-se deste projeto são encorajadas a ajudar diretamente ou contribuir financeiramente.

B) NetBSD

Existem várias formas de obter suporte para o NetBSD, todas dependem das suas necessidades e do seu nível de conhecimento. Vejamos algumas:

Wiki:

Alguns recursos desta wiki podem conter informações úteis e guias para solucionar problemas específicos, como exemplo: em servidores amazon. No entanto, a quantidade de artigos na wiki nao abrange todos os problemas do sistema, apenas os mais comuns, pelo menos por enquanto.

Website oficial: https://wiki.netbsd.org/

Documentação:

NetBSD tem uma extensa documentação que cobre tópicos variados, desde a instalação e configuração básica até detalhes avançados de configuracao e administração. É uma boa ideia começar por aqui, se comparado a wiki, para obter uma visão geral do sistema operacional e seus recursos.

website oficial: https://www.netbsd.org/docs/guide/en/

Listas de Discussão:

A comunidade NetBSD se comunica por meio de listas de discussão. É recomendado direcionar perguntas e contribuições para as listas para que suas perguntas sejam notadas. A maioria das discussões relevantes para o usuário acontece nas listas netbsd-users e current-users, enquanto as principais listas relevantes para os desenvolvedores são tech-userlevel e tech-kern.

As listas de discussão e os arquivos podem ser acessados ​​por meio da web ou NNTP e é possível enviar e-mails sem uma assinatura. A lista completa voce confere logo abaixo:

website oficial: https://www.netbsd.org/mailinglists/

Comunidades On-line:

há varias comunidades ativas de usuários e desenvolvedores. Você pode procurar ajuda e compartilhar experiências nos fóruns de discussão.

Fórum UnitedBSD: https://www.unitedbsd.com/t/netbsd

Fórum Daemon: https://daemonforums.org/forumdisplay.php?f=16

Grupos de Usuários: https://www.netbsd.org/community/groups.html#humbug

Grupos no telegram: https://t.me/netbsdbr (português)

Notícias ou Eventos – Usenet: comp.unix.bsd.netbsd.announce

Suporte Comercial:

Se você precisa de suporte técnico personalizado e prioritário, há várias empresas que oferecem suporte commercial para o NetBSD, incluindo NetBSD Foundation. Essas empresas oferecem serviços de consultoria, treinamento e suporte técnico para utilizadores e empresas que adotam o NetBSD. Você confere no link abaixo:

website oficial: https://www.netbsd.org/gallery/consultants.html

C) FreeBSD

Wiki

Alguns recursos desta wiki podem conter informações úteis e guias para solucionar problemas específicos. infelizmente, não é tão abrangente.

website oficial: https://wiki.freebsd.org/

Documentação:

O site oficial do FreeBSD tem una extensa documentação que cobre tópicos variados, desde a instalação e configuração básica até detalhes avançados de configuração e administração. Recomendo começar por aqui.

Guia do usuário: https://download.freebsd.org/doc/pt-br/books/faq/faq_pt-br.pdf

Guia do administrador: https://docs.freebsd.org/pt-br/books/handbook/index.html

Documentaão completa: https://docs.freebsd.org/pt-br/

Listas de Discussão:

FreeBSD mantém uma série de fóruns e listas de discussão onde você pode fazer perguntas, obter ajuda e interagir com outros usuários.

webiste oficial: https://www.freebsd.org/community/mailinglists/

Comunidades on-line:

FreeBSD tem uma comunidade online ativa que pode ser alcançada através de vários canais, incluindo Forum, telegram, etc. pode ser útil participar de suas reuniões e perguntar aos membros sobre suas experiências e dúvidas. Esses grupos podem ser uma ótima fonte de conhecimento e suporte.

FreeBSD Brasil (FUG): https://www.fug.com.br/

Fórum FreeBSD: https://forums.freebsd.org/

Telegram: https://t.me/fug_br (português)

Notícias e Eventos: https://freebsdfoundation.org/our-work/journal/

Suporte Comercial:

Se você precisa de suporte técnico personalizado e prioritário, há algumas empresas que oferecem suporte comercial para o FreeBSD. Essas empresas oferecem serviços de consultoria, treinamento e suporte técnico para utilizadores e empresas que adotam o FreeBSD.

FreeBSD Brasil: https://www.freebsdbrasil.com.br/suporte/index.html

IXSystems oficial: https://www.ixsystems.com/

ProApps Brasil: https://www.proapps.com.br/

REFERÊNCIAS:

https://www.freebsd.org/

https://www.freebsdbrasil.com.br/

https://www.proapps.com.br/

https://www.netbsd.org/

https://www.debian.org/

https://silo.tips/download/o-sistema-operacional-netbsd

https://unix.fandom.com/pt-br/wiki/NetBSD

https://4linux.com.br/consultoria/suporte/linux-centos-ubuntu-debian-redhat/


SilCarlos é técnico em redes de computadores com especialidade em segurança de redes de computadores. Também é estudante de literatura portuguesa. -----------------------
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Openbox para Computadores Antigos

Montando um ambiente de trabalho básico e funcional para computadores com até 15 anos de idade – Parte 2

por SilCarlos

Obsolescência programada

Com o avanço rápido da tecnologia, é comum que computadores fiquem desatualizados em termos de desempenho e capacidade, na contemporaneidade, fabricantes incentivam os consumidores a substituírem seus produtos antigos por modelos mais recentes, impulsionando o consumo e as vendas. Essa prática é geralmente chamada de “obsolescência programada ou Planejada”,

Essa pratica é amplamente utilizada em diversos setores da indústria, como: eletrônicos, alimentos, eletrodomésticos, automóveis e até mesmo roupas desde a década de 1930. O argumento em defesa dessa pratica é de que isso impulsiona a inovação tecnológica e o progresso econômico.

Tipos de obsolência programada

A obsolescência programada pode ser dividida em dois tipos:

  • Obsolescência técnica: Ocorre quando as condições de uso do produto obrigam uma nova compra.

  • Obsolescência percebida: Ocorre quando o consumidor é induzido a acreditar que um produto mais novo é necessário, mesmo que o produto antigo ainda esteja funcionando perfeitamente.

Riscos ao meio ambiente

A obsolescência programada pode gerar sérios riscos ao meio ambiente, pois, uma vez que os produtos têm uma vida útil limitada e precisam ser substituídos com mais frequência, aumenta a demanda por matérias-primas e junto a isso, a degradação ambiental, ocasionando mudanças climáticas.

Produtos que sofrem obsolência programada

A obsolescência programada pode afetar uma ampla variedade de produtos, desde eletrônicos, alimentos processados (conservantes), alimentos prontos (fast food), eletrodomésticos, automóveis até mesmo roupas e calçados.

Os computadores antigos, também conhecidos como obsoletos ou legados, não fogem a esta regra. Muitas vezes, os fabricantes lançam atualizações de software (sistemas operacionais) ou hardware (RAM, CPU, GPU, etc.) que tornam os computadores mais antigos lentos ou incompatíveis, forçando os consumidores (vulgar: usuários) a atualizarem para os modelos mais recentes.

Por exemplo:

Em laptops, as baterias têm uma vida útil limitada e, após um determinado número de ciclos de recarga, começam a perder capacidade.

Outro exemplo:

Os componentes soldados (SMDs) em placas mães, ou integrados (sockets, slots, etc.), dificultam a substituição ou reparo, forçando a compra de novas placas.

Direito de reparo

A boa notícia e que existe um movimento nos Estados Unidos, na Europa e também no Brasil, chamado: “Direito de Reparo”, cujo objetivo é garantir que os consumidores tenham o direito de reparar seus próprios produtos eletrônicos (ou eletrodomésticos), além do acesso as peças de reposição, dos manuais de reparo e das informações técnicas necessárias.

Montando o ambiente de trabalho

Aderindo ao movimento “Direito de Reparo” vamos (você leitor e eu) construir um ambiente de trabalho básico, mas funcional com aquele computador obsoleto que ainda está funcionando.

Requisitos necessários:

  • Computador: Desktop ou Laptop
  • Memória (RAM): 2GB ou 4GB.
  • Armazenamento (HD): 80GB, 120GB ou 320GB.
  • Processador AMD (CPU): Athlon 64, Athlon 64 X2, Athlon II X2, Athlon II X3, Athlon II X4, Athlon X2, Athlon X4, Phenom II X2, Phenom II X3, Phenom II X4 e Sempron X2.
  • Processador Intel (CPU): Atom, Celeron N3010, Celeron N3060, Celeron N3160 e Pentium Dual-Core
  • Sistema operacional de 32 bits (i386 ou i686): Debian ou FreeBSD

Não irei abordar a instalação do Debian (netinstall) ou FreeBSD neste artigo, então, deixarei alguns links para você acompanhar.

Como instalar Debian (Netinstall):

https://invidious.flokinet.to/Seqx3Oj5JRE?t=65

Como instalar FreeBSD (Padrão):

https://invidious.drgns.space/Jg4YW-8Xr_g?listen=false&t=27

Gerenciador de Janelas Openbox

O Openbox é um gerenciador de janela altamente configurável, licenciado sob a GNU General Public License (GPL). Foi desenvolvido por um programador de nome: Dana Jansens, da Carleton University em Ottawa, Ontário, Canadá. O projeto foi originalmente derivado do Blackbox 0.65.0, mas desde a versão 3.0 foi completamente reescrito em linguagem de programação C e não é mais baseado em nenhum código do Blackbox, ou seja, passa a ter o desenvolvimento independente.

É projetado para ser pequeno e rápido. Suporta muitos recursos, como menus pelos quais o consumidor (vulgar: usuário) pode controlar aplicativos ou exibir várias informações dinâmicas. Também permite que o usuário altere quase todos os aspectos de como ele interage com a área de trabalho e invente novas maneiras de usá-la e controlá-la.

Pode ser executado dentro dos ambientes GNOME, KDE, LXQt, Mate, XFCE e LXDE. Isso torna o ambiente de trabalho mais limpo e rápido, além de estar sob controle do usuário.

Características do Openbox:

Algumas de suas principais características são:

  • É projetado para ser rápido e consumir uma quantidade mínima de recursos do sistema.

  • É altamente configurável e permite que o usuário altere quase todos os aspectos de como ele interage com a área de trabalho.

  • Suporta muitos recursos, como menus pelos quais o usuário pode controlar aplicativos ou exibir várias informações dinâmicas.

  • Permite ao usuário dispor de um menu raiz (root) sobre o seu desktop ao clicar com o botão direito do mouse.

  • Não possui barra de menus, lista de aplicativos em execução ou bordas arredondadas nas janelas.

  • Permite configurar o modo em que as janelas são gerenciadas. Quando uma janela é minimizada, ela se torna invisível e pode ser vista novamente usando a combinação de teclas ALT+Tab ou através do menu Desktop.

Openbox no Debian ou FreeBSD

Openbox é um gerenciador de janelas e não um ambiente de desktop, deste modo, precisaremos instalar alguns pacotes que possibilitem usá-lo como tal.

Para o nosso Ambiente de trabalho (Debian ou FreeBSD), precisaremos:

  1. Gerenciador de Janelas (Openbox)
  2. Servidor de Exibição (Xorg)
  3. Servidor multimídia (Pipewire, Pulse ou Alsa)
  4. Gerenciador de Arquivos (PCmanFM)
  5. Gerenciador de Redes (Connman ou Wpa supplicant)
  6. Gerenciador de Pacotes (Synaptic ou Octopkg)
  7. Gerenciador de Tarefas (Lxtask ou Htop)
  8. Gerenciador de Downloads (Uget)
  9. Sistema de Impressão (Cups)
  10. Daemon de notificação (Mate-notification-daemon)
  11. Compositor (Xcompmgr)

Você sabia!?

Debian também utiliza o Kernel FreeBSD!?

Sim, o sistema chama-se Debian GNU/KFreeBSD, uma distribuição oficial do Debian que utiliza o kernel do FreeBSD em vez do kernel Linux. Cerca de noventa por cento dos pacotes de software do Debian estão disponíveis para este sistema.

O projeto foi lançado em 2006 com o Debian 6.0 (Squeeze), depois com 7.0 (Wheezy), infelizmente desde a versão 8 (Jessie) não é mais incluído em lançamentos oficiais.

O desenvolvimento do Debian GNU/kFreeBSD foi oficialmente encerrado em julho de 2023 devido à falta de interesse e voluntários. Embora não seja mais incluído em lançamentos oficiais, ainda é possível instalá-lo e usá-lo.

Website para download oficial do Debian GNU/KFreeBSD:

https://wiki.debian.org/Debian_GNU/kFreeBSD

Preparando o Ambiente de Trabalho – Debian

Após a instalação do Debian 12 Bookworm e logado como root, siga:

A) Primeiro: instalar sudo

apt install sudo

B) Segundo: adicionar nosso usuário ao grupo sudo:

usermod -aG sudo carlos

C) Terceiro: atualizar a lista de pacotes:

sudo apt update

D) Quarto: instalar os pacotes necessários para o ambiente de trabalho:

NOTA: Estou usando o lxpanel ao invés do tint2!

sudo apt install openbox slim arandr remmina diodon lxappearance lxtask xscreensaver lxpanel pulseaudio pavucontrol volumeicon-alsa connman connman-gtk cups system-config-printer bluez-cups xorg xserver-xorg-input-synaptics lxinput pipewire pipewire-pulse mate-notification-daemon xcompmgr ufw gufw adduser scrot pcmanfm uget acetoneiso sakura nitrogen debian-reference-pt

E) Quinto: Apos a instalação dos pacotes, inicie o ambiente:

startx

Preparando o Ambiente de Trabalho – FreeBSD

Apos instalação do FreeBSD 13 e logado como root, siga:

A) Primeiro: Adicionando o nosso usuário ao grupo Wheel:

pkg usermod -G wheel carlos

NOTA: “wheel” têm permissão para executar comandos administrativos com o comando “su” (sudo).

B) Segundo: adicionando nosso usuário como operador e staff:

pkg usermod -G operator carlos

pkg usermod -G staff carlos

C) Quarto: Atualizar a lista de pacotes:

pkg update

D) Quinto: instalar os pacotes necessário para o ambiente.

NOTA: Estou usando lxpanel ao invés do tint2!

pkg install openbox obmenu kickshaw slim dbus avahi nano fam hal arandr lxappearance lxtask lxpanel lxinput xscreensaver pulseaudio pavucontrol engrampa cups system-config-printer xorg xkeycaps volumeicon alsa-utils alsa-plugins wpasupplicant wpasupplicant_gui octopkg mate-notification-daemon pcmanfm nitrogen sakura

Em seguida abra o arquivo de configuração rc.conf

E) Sexto: Adicione fam, hal, dbus e slim ao arquivo rc.conf

nano /etc/rc.conf

Adicione:

rpcbind=YES
famd=YES
dbus=YES
hal=YES
sound_load=YES
slim_enable=YES

Salve as mudanças no arquivo.

F) Sétimo: Abra e edite o arquivo xinitrc

nano /home/carlos/.xinitrc

Adicione:

exec openbox

salve as mudanças no arquivo.

G) Nono: Abra e edite o aquivo xinitrc no root.

nano /root/.xinitrc

Adicione:

exec openbox

salve as mudanças no arquivo.

H) Décimo: Abra e edite o aquivo rc.local

nano /etc/rc.local

Adicione:

usr/local/bin/slim -d

Salve as mudanças. Reinicie o sistema.

Configurando Openbox: Debian ou FreeBSD

Openbox é um gerenciador de janelas personalizável e suas configurações originais são baseados em texto, por este motivo, será necessário utilizar um editor de textos para configurá-lo.

Eis, os aquivos de configurações:

  • menu.xml: controla o conteúdo do menu raiz.
  • autostart: aplicações na inicialização da sessão.
  • rc.xml: arquivo de configuração principal, responsável por controlar: atalhos de teclado, tema, configurações das janelas e configurações da área de trabalho.

Nesta etapa, utilizaremos o editor “nano” para as tarefas.

Para alterar a configuração padrão do openbox, primeiro, criaremos um diretório, depois copiaremos os arquivos de configuração para o diretório ~/.config/openbox.

mkdir -p ~/.config/openbox

cp -a /etc/xdg/openbox ~/.config/

Feito isto, poderemos prosseguir...

MENU.XML

nano ~/.config/openbox/menu.xml

Acessível clicando com o botão direito do mouse em qualquer parte da área de trabalho. por padrão é gerado um menu estático bem simples. Os programas são adicionados ao menu depois de instalados no sistema operacional.

Como dito anteriormente o menu é estático, simples e pobre esteticamente, mas é possível mudar esta configuração utilizando o OBMENU. Este pacote de configuração NÃO esta disponível no repositórios do Debian (não sei o motivo).

OS PROCEDIMENTOS ABAIXO SERVEM APENAS PARA O DEBIAN:

Obmenu-Generator no GitHub:

https://github.com/trizen/obmenu-generator

Como instalar Obmenu-Generator no Debian:

https://software.opensuse.org/download.html?project=home%3AHead_on_a_Stick%3Aobmenu-generator&package=obmenu-generator

Instruções de como usar o Obmenu-Generator:

https://trizenx.blogspot.com/2012/02/obmenu-generator.html

DICA IMPORTANTE NO MENU.XML:

No menu do Openbox perceba que não vem os botões reiniciar (reboot) ou desligar o computador (shutdown). Você pode adicionar estes botoes acrescentando ao menu o seguinte código.

No Debian

<menu id="exit-menu" label="Sair">
  <item label="Desligar">
    <action name="systemctl poweroff">
      <prompt>Tem certeza de que deseja desligar o sistema?</prompt>
    </action>
  </item>
  <item label="Reiniciar">
    <action name="systemctl reboot">
      <prompt>Tem certeza de que deseja reiniciar o sistema?</prompt>
    </action>
  </item>
</menu>

No FreeBSD

<menu id="exit-menu" label="Sair">
  <item label="Desligar">
    <action name="shutdown -p now">
      <prompt>Tem certeza de que deseja desligar o sistema?</prompt>
    </action>
  </item>
  <item label="Reiniciar">
    <action name="shutdown -r now">
      <prompt>Tem certeza de que deseja reiniciar o sistema?</prompt>
    </action>
  </item>
</menu>

AUTOSTART

nano ~/.config/openbox/autostart

No arquivo autostart adicionaremos comandos para que programas iniciem junto a sessão do openbox:

adicione ao arquivo de configuração autostart no Debian:

lxpanel &
xcompmgr &
connman-gtk &
diodon &
volumeicon &
mate-notification-daeemon &
xscreensaver --no-splash &
nitrogen --restore &

Salve as mudanças no arquivo, reinicie a sessão.

No arquivo autostart adicionaremos comandos para que programas iniciem junto a sessão do openbox:

Adicione ao arquivo de configuração autostart no FreeBSD:

lxpanel &
wpa_supplicant-gui &
Volumeicon &
mate-notification-daemon &
xscreensaver --no-splash &
xcompmgr &
nitrogen --restore &

THEMES

Openbox vem com alguns temas pré-instalados. O tema que estiver sem o comentário (#) é o que estará sendo utilizado no momento. os temas podem ser alterados por uma ferramenta em modo gráfico: Obconf ou Gerenciador de Configurações do Openbox.

Também poderemos baixar temas personalizados para o nosso ambiente através do endereço:

Box-Look http://www.box-look.org/

Recomendo que baixe temas no formato .obt, depois utilize o Obconf para instalar um novo tema.

RC.XML

Este é o arquivo de configuração principal, responsável por controlar: atalhos de teclado, temas, configurações das janelas e configurações da área de trabalho.

Atalhos de teclado

Openbox possui vários atalhos de teclado padrão que podem ser usados para executar ações comuns. Alguns exemplos:

  • Alt+F4: Fechar a janela ativa
  • Alt+Tab: Alternar entre as janelas abertas
  • Alt+Espaço: Abrir o menu da janela ativa
  • Alt+F1: Abrir o menu principal do Openbox
  • Ctrl+Alt+Seta para cima/baixo: Alternar entre as áreas de trabalho
  • Ctrl+Alt+Shift+Seta para cima/baixo: Mover a janela ativa para outra área de trabalho
  • Ctrl+Alt+Shift+Seta para a esquerda/direita: Redimensionar a janela ativa para ocupar metade da tela

É possível personalizar esses atalhos de teclado e adicionar novos editando o arquivo de configuração do rc.xml.

Exemplo:

<keybind key="C-W-Up">
  <action name="Maximize"/>
</keybind>

Programas essenciais

São programas que desempenham funções básicas e necessárias para a maioria dos usuários em um ambiente computacional. Por exemplo: navegador web, reprodutor de mídia, cliente de e-mail, suíte de escritório, etc.

Essenciais no Debian ou no FreeBSD

Navegador web: Chromium

Chromium funciona sem muitos problemas em computadores com apenas 2GB de memória. Disponível no Debian e no FreeBSD.

sudo apt install chromium

sudo pkg install chromium

Cliente de E-mail: Claws-Mail

Claws-Mail é um cliente de e-mail e leitor de notícias leve, rápido, fácil configuração e interface intuitiva. Disponível no Debian, também no FreeBSD.

sudo apt install claws-mail

sudo pkg install claws-mail

Suíte de Escritório: LibreOffice

LibreOffice é suíte de escritório poderosa, possuindo um editor de textos, editor de planilhas, editor de apresentação, etc. Se utilizar esta suíte num computador com 4GB de memoria poderá usá-lo sem muitos problemas, entretanto, funciona com apenas 2GB, mas a lentidão será perceptível.

Disponível no Debian, também no FreeBSD.

sudo apt install libreoffice

sudo pkg install libreoffice

Reprodutor de Mídia: VLC

VLC é reprodutor multimídia simples, rápido e poderoso. Reproduz SÓ TUDO! DVD, CD de áudio, VCD e vários protocolos de transmissão de rede. Disponível no Debian, também NetBSD.

Reprodutor de Músicas Pragha

Pragha é um reprodutor de músicas muito leve, simples, rápido e cheio de recursos, como:

  • Suporte a letras de músicas
  • Pesquise, filtre e enfileire músicas na lista de reprodução atual
  • Reproduz arquivos mp3, m4a, ogg, flac, asf, wma e ape.
  • Toca CDs de áudio e identifica como CDDB.
  • Notificações nativas da área de trabalho com libnotify.

Disponível somente no Debian.

sudo apt install pragha

Gerenciador de Downloads

uGet é um gerenciador de download leve, poderoso e cheio de recursos, como: monitoramento da área de transferência, integração com navegador web (Firefox, Chromium, SeaMonkey, etc.) e suporte a múltiplos protocolos de download. Disponível no Debian, também no FreeBSD.

sudo apt install uget

sudo pkg install uget

Visualizador de PDF: QPdfView

QPdfView é um visualizador de arquivos PDF semelhante a muitos aplicativos PDF comuns. Possui dois dois modos: MultiPage, percorre todas as páginas do documento, com intervalos. SinglePage, mostra uma página de cada vez. Disponível no Debian, também no FreeBSD.

sudo apt install pqdfview

sudo pkg install qpdfview

Cliente de Mensagens: Telegram-desktop

Telegram-desktop é um aplicativo de mensagens na forma de software livre (cliente) disponível para desktops/laptops e aparelhos moveis: Smartphone e Tablet.

Disponível no Debian, tambem no FreeBSD.

sudo apt install telegram-desktop

sudo pkg install telegram-desktop

Cliente de Mensagens XMPP: Gajim

Gajim é um cliente completo para rede descentralizada XMPP/Jabber. Oferece criptografia de ponta a ponta, traduzido para 30 idiomas, descentralizado, extensível e de código aberto.

Disponível para Debian, tambem no FreeBSD.

sudo apt install gajim

sudo pkg install gajim

Retrogaming: Mednafen

Mednafen e um emulador retrogaming multi-sistema (Atari, SNES, Saturn, PSXOne, etc), leve e poderoso. Suporta mapeamento teclas, controles usbs, salvamento de estado e muitos mais.

Disponível no Debian, também no FreeBSD.

sudo apt install mednafen mednaffe

sudo pkg install mednafen mednaffe

Emulador de Fliperama: MAME

MAME é um emulador de fliperama (arcade) que suporta os sistemas (de 1975 até o momento): Capcom System I, II e III; SNK NeoGeo, Aklain, Midway, Namco Bandai, PGM, etc..

Disponível no Debian, também FreeBSD

sudo apt install mame mame-tools mame-data

sudo pkg install mame


SilCarlos é técnico em redes de computadores com especialidade em segurança de redes de computadores. Também é estudante de literatura portuguesa. -----------------------
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Esta obra está sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional

Conheça o NetBSD

Uma distribuição BSD que funciona em qualquer hardware

por SilCarlos

Sobre o NetBSD

NetBSD é um sistema operacional de código aberto e gratuito que se originou do BSD (Berkeley Software Distribution) e foi desenvolvido na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, na década de 1970. Foi projetado para funcionar em diversos tipos de hardware, como computadores pessoais (desktop e laptop), servidores, dispositivos embarcados (roteadores) e até mesmo mainframes.

O sistema operacional tem como foco a portabilidade, sendo capaz de suportar uma ampla variedade de arquiteturas de hardware. Além disso, possui uma comunidade ativa e é conhecido por sua segurança, portabilidade e documentação abrangente.

NetBSD é totalmente baseado em software livre, com a maioria dos componentes sendo licenciados sob a Licença BSD.

NetBSD Review: https://invidious.io.lol/watch?v=koi7ywzyafY&t=783

Como surgiu a distribuição NetBSD?

NetBSD foi originalmente desenvolvido em 1993, através da fusão do 386BSD (Net/2) e do 4.3BSD-lite. Foi criado como uma alternativa moderna e versátil ao FreeBSD, que foi lançado em 1992.

No ano seguinte, um grupo de estudantes de programação dos Estados Unidos, composto por Chris Demetriou, Theo de Raadt, Adam Glass e Charles M. Hannum, decidiu continuar o desenvolvimento do sistema operacional bifurcado. Sob a liderança de Chris Demetriou, eles fundaram o projeto NetBSD.

Os desenvolvedores tinham o objetivo de criar um sistema que pudesse ser executado em diferentes hardwares e arquiteturas, sem depender de um “kernel” separado, como era o caso do FreeBSD. Assim, surgiu a ideia de criar o projeto NetBSD, com metas específicas em mente: atender a todas as necessidades possíveis dos usuários finais e ter controle total de segurança, correção de falhas, etc.

O nome “NetBSD” foi escolhido devido à importância e ao crescimento das redes de computadores, como a Internet, naquela época, e à natureza distribuída e colaborativa de seu desenvolvimento.

O projeto NetBSD tem como objetivo prioritário liberar todos os seus códigos fontes e documentação ao público. Isso é feito através de um esforço conjunto entre diversos profissionais e entusiastas que estão dispostos a preservar o software livre.

NetBSD foi a primeira distribuição BSD totalmente colaborativa. Seu desenvolvimento é financiado por patrocinadores e também recebe contribuições da comunidade.

Você sabia??

O NetBSD teve uma história marcada por mudanças de liderança e conflitos internos. Por exemplo, Theo De Raadt, um dos primeiros desenvolvedores do sistema operacional, deixou o projeto em 1999 devido a discordâncias com o diretor técnico. No entanto, após a transição para a Fundação NetBSD em 2008, Theo De Raadt retornou ao projeto.

Modelo de organização do projeto NetBSD

O sistema operacional foi transferido do “NetBSD Project” para a Fundação NetBSD em 2008.

A fundação é formada por membros eleitos anualmente pelos desenvolvedores do sistema operacional e outras pessoas interessadas na continuidade do projeto. Esses membros têm poderes deliberativos e administrativos, incluindo:

  • Eleição de novos membros para a Fundação;
  • Definição das prioridades do projeto durante um período determinado;
  • Administração financeira;
  • Decidindo quais mudanças devem ser incorporadas na base do kernel e quando;
  • Coordenação de bugs e patches de segurança;
  • Manter um ambiente saudável dentro do grupo de discussão.

A comunicação e o processo de tomada de decisão são democratizados em um esquema descentralizado, onde as lideranças são escolhidas pelos desenvolvedores. A participação social e humana é incentivada como ingredientes complementares para o sucesso técnico.

Como se diferencia de outros sistemas operacionais?

NetBSD se diferencia de outros sistemas operacionais de várias maneiras, incluindo:

  • Portabilidade: é altamente portável, isto significa que pode ser executado em muitas arquiteturas diferentes, incluindo x86, Arm e PowerPC, Risc, amd64, etc.

  • Segurança: tem recursos de segurança robustos, incluindo proteção de memória e suporte a virtualização;

  • Gerenciamento de pacotes: tem um gerenciador de pacotes avançado chamado pkgsrc, que permite que os usuários instalem facilmente uma ampla variedade de aplicativos;

  • Foco em servidores e aplicações acadêmicas: frequentemente usado em servidores e aplicações acadêmicas, mas também pode ser usado em desktops e notebooks;

  • História e comunidade: tem uma longa história e uma comunidade ativa de desenvolvedores e usuários.

Características do NetBSD

NetBSD é conhecido por suas características distintivas, que o tornam uma escolha atraente para várias finalidades. Algumas delas:

  • Primeira distribuição BSD totalmente colaborativa;
  • Foi o primeiro a implementar o protótipo de arquitetura 64bit;
  • Comunidade internacional com mais de 800 colaboradores e voluntários;
  • Compatível com POSIX.1 (IEEE 1003.1-1990) no nível do código-fonte;
  • Projetado para ser executado em uma ampla variedade de arquiteturas de hardware;
  • Possui uma documentação extensa e detalhada;
  • Suportar hardware mais antigo;
  • Utiliza uma licença BSD

Você sabia?

Netbsd tem facilidade de uso?

Apesar de o NetBSD ter a reputação de ser voltado para usuários avançados, ele também é acessível para usuários menos experientes. O sistema oferece ambientes de desktop, como XFCE e MATE, para tornar a experiência do usuário mais amigável.

Plataformas suportadas

NetBSD é extremamente portátil, suportando mais de 50 plataformas de hardware diferentes, incluindo.

  • Tier I: este suporte faz parte da estratégia do NetBSD: evbmips, mips, placas de avaliação baseadas em MIPS; evbppc, powerpc, placas de avaliação baseadas em PowerPC; hpcarm, arm ...

  • Plataformas genéricas e emuladores: a maioria das plataformas é executada em hardware genérico e emuladores, embora também exista hardware comercial.

  • Desktop e servidores; i386 e amd64, ARM, SPARC, Alpha, Amiga, Atari e m68k: sistemas embarcados;

  • Apple Macintosh: sistemas desktop e servidores baseados em PowerPC.

NetBSD também suporta outras plataformas, como Solaris, Linux, Darwin (Mac OS X) e FreeBSD, por meio do gerenciador de pacotes pkgsrc.

A lista completa de todas as architectures suportadas pelo NetBSD pode ser encontrada no site oficial do projeto:

NetBSD Ports: https://www.netbsd.org/ports/

Como criar um pacote usando o pkgsrc?

Para criar um pacote usando o pkgsrc no NetBSD, siga os seguintes passos:

  1. Escolha o software que deseja empacotar: o pkgsrc é usado para empacotar software de terceiros, portanto, escolha o software que deseja empacotar e verifique se ele não está disponível no repositório oficial do pkgsrc;

  2. Crie um diretório para o pacote: crie um diretório com o nome do pacote dentro do diretório pkgsrc. Por exemplo, se você estiver empacotando o software “foobar”, crie o diretório “pkgsrc/foo/bar”;

  3. Crie um arquivo Makefile: crie um arquivo Makefile dentro do diretório do pacote. O Makefile é usado para compilar e instalar o software;

  4. Crie um arquivo distinfo: crie um arquivo distinfo dentro do diretório do pacote. O arquivo distinfo contém informações sobre a origem do software, como o nome do arquivo de origem e o hash SHA256;

  5. Crie um arquivo PLIST: crie um arquivo PLIST dentro do diretório do pacote. O arquivo PLIST contém uma lista de todos os arquivos que serão instalados pelo pacote;

  6. Compile e instale o pacote: use o comando “bmake install” para compilar e instalar o pacote;

  7. Crie um pacote binário: se desejar, você pode criar um pacote binário do seu pacote usando o comando “bmake package”. O pacote binário será criado no diretório PACKAGES e poderá ser instalado em outros sistemas usando o comando “pkg_add”;

É importante destacar que a criação de um pacote pode ser um processo complexo e pode variar dependendo do software que está sendo empacotado. O guia oficial do pkgsrc fornece informações detalhadas sobre como criar um pacote.

Guia pkgsrc: https://www.netbsd.org/docs/pkgsrc/pkgsrc.html

Vantagens do NetBSD em relação ao FreeBSD

Existem algumas vantagens específicas do NetBSD em relação ao FreeBSD, dependendo das necessidades e dos casos de uso. Algumas das vantagens:

Portabilidade: O sistema operacional foi projetado desde o início para ser portátil, o que significa que pode ser executado em várias plataformas de hardware e software. Isso é possível porque o código fonte do sistema operacional é escrito de forma flexível, permitindo fácil adaptação a diferentes configurações.

Flexibilidade: Os usuários podem personalizar suas instalações de acordo com suas necessidades usando scripts e opções personalizadas. Além disso, o NetBSD oferece uma variedade de bibliotecas e utilitários que podem ser usados para construir aplicativos personalizados.

Segurança: O sistema operacional é considerado altamente seguro devido à inclusão de várias medidas de segurança padrão, como firewalls, criptografia e autenticação. Essas medidas ajudam a proteger contra ameaças externas e garantir a privacidade dos dados.

Referências

A História do Projeto NetBSD

https://www.netbsd.org/about/history.html

FreeBSD, NetBSD e OpenBSD: o que são e características

https://www.infowester.com/freebsd-netbsd-openbsd.php

NetBSD (Wikipedia)

https://en.wikipedia.org/wiki/NetBSD

NetBSD (Fandom Unix Wiki)

https://unix.fandom.com/pt-br/wiki/NetBSD

NetBSD (QWiki)

https://pt.frwiki.wiki/wiki/NetBSD

NetBSD: Um breve guia do Usuário

https://silo.tips/download/o-sistema-operacional-netbsd

Quais são as vantagens do OpenBSD sobre o FreeBSD e/ou NetBSD?

https://www.quora.com/What-are-the-advantages-of-OpenBSD-over-FreeBSD-and-or-NetBSD

O que é NetBSD?

https://www.netbsd.org/docs/guide/en/chap-intro.html

Qual BSD escolher?

https://elias.praciano.com/2016/07/qual-bsd-escolher/

Características de: FreeBSD, OpenBSD e NetBSD

https://terminalroot.com.br/2016/05/caracteristicas-de-freebsd-openbsd-e-netbsd.html


SilCarlos é técnico em redes de computadores com especialidade em segurança de redes de computadores.
Licença de Cultura livre
Licença Creative Commons
Esta obra está sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional

SMTube no Debian ou FreeBSD

Como assistir vídeos do YouTube em computadores legados?

por SilCarlos

O Desafio de ver vídeos no YouTube

Assistir vídeos do YouTube em computadores antigos ou obsoletos pode ser um desafio, pois esses dispositivos podem não ter o poder de processamento ou os navegadores mais atualizados necessários para reproduzir vídeos em alta definição diretamente do site do YouTube.

A plataforma de streaming utiliza JavaScript para várias funcionalidades em seu site, como reprodução de vídeo, interações com a interface do usuário, exibição de anúncios e muito mais. O problema é que o uso do JavaScript é bastante intensivo, o que significa que pode consumir uma quantidade significativa de CPU e RAM do seu computador. Além disso, os vídeos em alta resolução e taxa de quadros elevada podem exigir mais recursos do que os navegadores antigos podem fornecer de forma eficiente.

Um detalhe importante é que o desempenho do YouTube também é influenciado pela qualidade da sua conexão com a internet. Se você está tendo problemas ao assistir vídeos no YouTube em um computador antigo ou desatualizado, este artigo é para você.

Para ajudar na difícil tarefa de assistir vídeos do YouTube num computador obsoleto, utilizaremos o aplicativo SMTube + Invidious.

Requisitos do Sistema Computacional

Para este artigo precisaremos de um computador legado ou obsoleto, com os seguintes componentes:

Formato

  • Desktop ou Laptop

Processador (CPU)

  • AMD Athlon 64, Athlon 64 X2, Athlon II X2, Athlon II X3, Athlon II X4, Athlon X2, Athlon X4, Sempron X2 e AMD-C70.

  • Intel Celeron ou Atom

Memória volátil (RAM)

  • 1,5GB ou 2GB de memórias

Armazenamento (HD):

  • 80GB, 120GB ou 320GB.

Sistema operacional de 32 bits (x86 ou i386)

  • Debian ou FreeBSD

Ambiente de trabalho

  • Openbox, IceWM ou LXQt

O que é SMTube?

SMTube é um aplicativo que permite navegar, pesquisar e reproduzir vídeos do YouTube. Ele foi projetado para ser usado com o SMPlayer, mas também pode ser usado com outros players de mídia.

Com o SMTube, os usuários podem assistir a vídeos do YouTube sem precisar usar o player de flash ou HTML5 do navegador, o que pode melhorar o desempenho, especialmente em computadores mais antigos. Além disso, os usuários podem escolher o player de mídia para reproduzir seus vídeos favoritos.

Está disponível nos repositórios do Debian e FreeBSD.

Como instalar o SMTube?

A instalação do aplicativo SMTube é bastante simples. Você pode utilizar um gerenciador de pacotes gráfico, como o Synaptic (no Debian) ou o OctoPKG (no FreeBSD). Se preferir, também pode usar o terminal do seu ambiente de trabalho favorito.

Debian

sudo apt install smtube

FreeBSD

sudo pkg install smtube

Configurações do SMTube

Depois de instalar o Smtube, é necessário configurá-lo para que ele possa abrir os links do YouTube. Para fazer isso, acesse as opções do Smtube.

Menu ver –> Configurações –> Geral

Nesta guia estão as opções para adicionar sítios multimídias. o padrão é o sítio Tomvid.com.

Menu ver –> Configurações –> Reprodutores

Neste guia, você encontrará as opções para reproduzir mídia usando um player multimídia externo. Usaremos o SMPlayer como exemplo.

Para reproduzir vídeos no SMPlayer, siga estas etapas:

  • Abra o SMTube.

  • Clique no menu “Ver” e selecione “Configurações”.

  • Na guia “Reprodutores”, selecione “SMPlayer” como reprodutor de vídeo.

  • Clique em “OK” para salvar as alterações.

  • O vídeo ou áudio será aberto no SMPlayer e começará a ser reproduzido.

Menu ver –> Configurações –> Interface

não a muito o que fazer nesta guia, apenas poderá mudar o tema e o tipo de fonte do SMTube.

Como utilizar o SMTube para pesquisar e reproduzir vídeos do YouTube?

Para utilizar o SMTube para pesquisar e reproduzir vídeos do YouTube, siga os seguintes passos:

  • Abra o SMTube no seu sistema Debian ou FreeBSD. Você pode encontrá-lo no menu de aplicativos do openbox e IceWM ou digitando “smtube” no terminal.

  • Na barra de pesquisa Tomvid, digite o nome do vídeo ou o assunto que você deseja pesquisar.

  • Clique no botão “Pesquisar” ou pressione Enter para ver os resultados da pesquisa.

  • Selecione o vídeo que deseja assistir e clique duas vezes nele ou clique no botão “Reproduzir” para iniciar a reprodução.

  • O vídeo será reproduzido no reprodutor padrão do SMTube, que é o SMPlayer. Se você preferir usar outro reprodutor, como o VLC ou MPlayer , pode alterar nas configurações do SMTube.

  • Para pausar, voltar ou avançar o vídeo, use os controles de reprodução no reprodutor.

Você Sabia??

Existem outras plataformas multimídia mais leves e similares, ou até melhores, do que o YouTube?

PeerTube: É uma plataforma de código aberto que permite hospedar seus próprios vídeos ou participar de instâncias públicas. Pode ser uma opção mais leve, especialmente se você utilizar uma instância menor.

homepage: https://joinpeertube.org/pt_BR

BitChute: É uma plataforma de compartilhamento de vídeos que se concentra na liberdade de expressão. É conhecida por hospedar conteúdo que poderia ser censurado em outras plataformas.

homepage: https://www.bitchute.com/

Rumble: É uma plataforma que permite aos criadores de conteúdo ganharem dinheiro com seus vídeos. Embora tenha se tornado popular, ainda possui menos anúncios em comparação com o YouTube.

homepage: https://rumble.com/

Veoh: É uma plataforma que permite assistir e compartilhar vídeos de alta qualidade. Embora tenha uma seleção menor de vídeos em comparação com o YouTube, pode ser uma opção mais leve para conteúdo específico.

homepage: https://www.veoh.com/

Invídious rodando no SMTube

O Invidious é um frontend de código aberto para o YouTube que oferece uma experiência de visualização de vídeos mais privada e segura, sem anúncios ou rastreamento de usuários. Ele é licenciado sob a AGPL-3.0 e pode ser hospedado em hardware relativamente modesto usando o Docker.

Este aplicativo permite que os usuários assistam a vídeos do YouTube em um domínio diferente, removendo a publicidade, o rastreamento de usuários e a necessidade de assinaturas do Google.

Para executar o Invidious no SMTube, é bastante simples. Basta procurar por uma instância e adicioná-la em: Menu Ver –> Configurações –> Geral –> Adicionar..

lista de instâncias: https://api.invidious.io/

O Google enviou uma carta de cessação e desistência aos desenvolvedores do Invidious, alegando que o projeto viola os termos de serviço e as políticas do YouTube. Atualmente, o Invidious está enfrentando a ameaça de ser encerrado pelo Google.

Referências

SMTube – Explorador YouTube para o SMPlayer

https://www.smtube.org/

Repositório do SMTube no GitHub

https://github.com/smplayer-dev/smtube

SMTube: reproduza vídeos do youtube no SMPlayer

https://www.linuxadictos.com/pt/smtube-reproduz-v%C3%ADdeos-smplayer-do-youtube.html

Smtube, assista vídeos do Youtube e faça download, para Debian, Ubuntu

https://linuxdicasesuporte.blogspot.com/2017/02/smtube-assista-videos-do-youtube-e-faca.html?m=1

As 13 melhores alternativas ao YouTube em 2023

https://www.movavi.com/pt/learning-portal/semelhantes-a-youtube.html

8 melhores alternativas do YouTube para criadores de vídeo e marcas

https://hackernoon.com/pt/8-melhores-alternativas-do-YouTube-para-criadores-de-v%C3%ADdeo-e-marcas

Invidious, uma alternativa de front-end de código aberto ao YouTube

https://blog.desdelinux.net/pt/invejoso%2C-uma-alternativa-de-front-end-de-c%C3%B3digo-aberto-ao-youtube/

Google ameaça matar o front-end de código aberto do YouTube Invidious por permitir ver vídeos sem rastreio ou anúncios

https://tutanota.com/pt_br/blog/google-youtube-invidious-privacy-alternative

Rumble (Wikipedia)

https://en.wikipedia.org/wiki/Rumble_(company)

O que é Veoh?

https://www.lifewire.com/veohs-free-streaming-movies-and-tv-1357432

BitChute: um viveiro de ódio

https://www.adl.org/resources/blog/bitchute-hotbed-hate

PeerTube (Wikipedia)

https://en.wikipedia.org/wiki/PeerTube


SilCarlos é técnico em redes de computadores com especialidade em segurança de redes de computadores.
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Qual o sistema é mais indicado para você?

Explorando as semelhanças e diferenças entre GNU/Linux e o Microsoft Windows

por SilCarlos

Sobre falácias

Segundo dicionário da língua portuguesa, Priberam: falácia é uma ação de enganar com má intenção. Ou seja, um erro de raciocínio ou argumento inválido usado para persuadir ou convencer alguém de algo.

Durante muitos anos, sistemas operacionais que surgiram no mercado nos anos 1990 e anos 2000 foram duramente atacados por falácias de pessoas de má fé, também por uma das maiores empresas de tecnologia do mercado: Microsoft Corporation.

Por exemplo:

O empresário estadunidense, Steve Ballmer, ex-diretor executivo (CEO) da Microsoft Corporation entre 2000 até 2014 fez algumas declarações polêmicas sobre o GNU/Linux e outros sistemas operacionais, como macOS, iOS e Android.

Em julho de 2004, durante uma conferência de imprensa na Worldwide Partner Conference (WPC), Steve Ballmer fez uma série de comentários negativos sobre o GNU/Linux e projetos Open Source em geral, questionando sua viabilidade financeira e sustentabilidade. Afirmou que “Linux estava morto” e que “nunca iria ganhar dinheiro”.

No entanto, Ballmer estava errado. GNU/Linux continuou a crescer e se expandir durante àqueles anos, e hoje, é usado em uma variedade de ambientes; desde servidores corporativos, computadores pessoais, dispositivos móveis, carros elétricos, projetos espaciais e até IoT.

Você Sabia!?

A Microsoft Coporation possui uma distribuição GNU/Linux chamada "Azure Linux", otimizado para a plataforma Azure Kubernetes Service (AKS). A distribuição foi lançada oficialmente em outubro de 2020 com o codinome CBL-Mariner. Azure Linux foi construída do zero, isto é, não é baseada em nenhum outro sistema operacional e utiliza pacotes RPM.

Escolha do mais fácil ou imposição do que seria fácil?

Quando se trata de escolher um sistema operacional para uso em computadores pessoais, a maioria das pessoas toma a decisão em escolher o sistema proprietário da Microsoft (Windows) porque acreditam ser mais fácil de operar. Isto quando os computadores não virem pré-instalados com este sistema de fábrica, impossibilitando uma escolha, ou seja, há imposição de uso do sistema.

Apenas uma minoria tem conhecimento e sabedoria para operar outros sistemas operacionais para computadores pessoais. Isto não é problema, pessoas que não trabalham com tecnologia ou não acompanham assuntos relacionados na mídia, não tem nenhuma obrigação em saber. O que estas pessoas (maioria) realmente querem é utilizar programas (Softwares), não sistemas operacionais.

Neste artigo, vamos explorar as características e diferenças fundamentais entre o GNU/Linux e o Microsoft Windows. Ambos têm suas vantagens e desvantagens, mas a questão que frequentemente surge é: qual deles é mais fácil de usar? qual é o mais barato? quem possui melhor suporte a hardware?

Vamos analisar a interface e a usabilidade, os recursos comuns, a estabilidade, a segurança, o suporte de hardware, o custo total de propriedade e a liberdade de escolha. Ao final, você terá uma visão mais clara sobre qual sistema operacional pode ser mais adequado às suas necessidades.

Interface e Usabilidade

Uma das primeiras diferenças perceptíveis entre o GNU/Linux e o Microsoft Windows está na interface e usabilidade. O Windows, desenvolvido pela Microsoft, possui uma interface gráfica única chamada Windows Aero, que se mantém relativamente consistente ao longo das últimas versões: Vista, 7, 8, 10 e 11. Isso pode ser vantajoso para usuários que preferem uma experiência familiar e não desejam investir tempo em aprender novas interfaces.

Por outro lado, GNU/Linux oferece uma variedade de interfaces gráficas, como GNOME, KDE, MATE, LXQt, XFCE, Cinnamon e Unity, que podem ser instaladas e personalizadas de acordo com as preferências do usuário. Essa flexibilidade permite criar um ambiente de trabalho único e adaptado às necessidades individuais. No entanto, é importante ressaltar que a personalização do ambiente requer um certo nível de familiaridade com as distribuições GNU/Linux e pode exigir algum tempo e paciência para configurar.

Apesar da variedade de ambientes, o GNU/Linux é mais fácil de usar e tem menos chances de causar confusão ou erros para usuários inexperientes. Além disso, as opções de configuração são geralmente mais claras e fáceis de encontrar, tornando a customização do sistema mais simples e prática.

Recursos Comuns

Tanto GNU/Linux quanto o Windows oferecem recursos suficientes para atender às necessidades básicas dos usuários. Ambos os sistemas operacionais suportam uma ampla variedade de aplicativos e dispositivos de hardware. No entanto, é importante destacar que a disponibilidade de programas pode variar entre os dois sistemas.

As distribuições GNU/Linux oferecem uma ampla variedade de aplicativos gratuitos e de código aberto, que podem ser instalados facilmente através dos repositórios. Isso significa que os usuários podem encontrar todas as ferramentas necessárias sem recorrer à pirataria ou gastar dinheiro extra. Além disso, o GNU/Linux é conhecido por sua estabilidade e capacidade de lidar com vários processos simultaneamente, o que é especialmente vantajoso para servidores e ambientes empresariais.

Contudo, Microsoft Windows oferece uma grande variedade de aplicativos comerciais e proprietários, com suporte mais abrangente para jogos e softwares específicos. No entanto, é importante lembrar que alguns desses programas podem exigir licenças adicionais, o que pode aumentar os custos de aquisição.

Você Sabia!?

GNU/Linux é campeão em servidores, celulares, sistemas embarcados e na internet? 

Abaixo estão algumas das principais razões pelas quais GNU/Linux é amplamente utilizado nesses setores:

Servidores: nativamente mais seguro que Microsoft Windows e é capaz de rodar por muito tempo sem precisar de reinicialização, tornando-o uma escolha popular para servidores. Além disso, é escalável e pode ser facilmente reconfigurado para incluir apenas os serviços necessários para os propósitos de uma empresa, reduzindo ainda mais os requisitos de memória e melhorando o desempenho.

Celulares: amplamente utilizado em dispositivos móveis, como smartphones e tablets, devido à sua compatibilidade entre plataformas de diferentes fornecedores

Embarcados: escolha popular para sistemas embarcados, como roteadores e relógios, devido à sua estabilidade e capacidade de suportar grandes fluxos de trabalho continuamente.

Internet: GNU/Linux detém grande parte do ecossistema da internet e é usado em 100% dos supercomputadores do mundo. Empresas como Amazon e Google usam o GNU/Linux em seus servidores.

Estabilidade

A estabilidade é um fator crucial a ser considerado ao escolher um sistema operacional. GNU/Linux é amplamente reconhecido por sua capacidade de funcionar por longos períodos sem falhas significativas. Muitos usuários afirmam nunca terem experimentado uma parada completa do sistema. Essa estabilidade é especialmente valorizada em ambientes de negócios, onde uma interrupção pode ter consequências desastrosas.

Por outro lado, o Microsoft Windows pode ser mais suscetível a problemas de estabilidade, especialmente quando há muitos processos em execução. Alterações na configuração do sistema proprietário geralmente exigem reinicialização, o que pode causar tempo de inatividade e interrupções no trabalho. No entanto, é importante destacar que a estabilidade do sistema operacional também pode depender da qualidade do hardware e da configuração adequada.

Segurança

A segurança é uma preocupação essencial para qualquer sistema operacional. GNU/Linux é amplamente considerado mais seguro do que o sistema proprietário Microsoft Windows, devido à sua arquitetura de código aberto e à abordagem de múltiplos usuários. No sistema GNU, apenas o administrador (root) possui privilégios administrativos e as permissões de acesso são estritamente controladas. Isso ajuda a manter o sistema modular e protegido contra ameaças externas.

Embora não seja totalmente imune a vírus e malware, GNU/Linux é menos suscetível a ataques em comparação com o Windows. As vulnerabilidades são geralmente corrigidas rapidamente pela comunidade de desenvolvedores e usuários, garantindo uma resposta ágil a possíveis ameaças.

Apesar disso, o Microsoft Windows é frequentemente alvo de ataques devido à sua popularidade e ao fato de ser o sistema operacional predominante em muitos computadores pessoais. No entanto, a Microsoft tem investido bastante em melhorias de segurança ao longo dos anos, tornando o Windows mais resistente a ameaças.

Suporte a Hardware

GNU/Linux e Microsoft Windows têm modelos de negócio diferentes, o que resulta em abordagens distintas para o suporte de hardware.

GNU/Linux se baseia em comunidades de desenvolvedores e parceiros, enquanto o Microsoft Windows é controlado pela Microsoft.

GNU/Linux é conhecido por sua compatibilidade com uma ampla variedade de dispositivos e arquiteturas de hardware, como i386, amd64, arm, mips, risc, entre outros. Ele pode ser facilmente adaptado para funcionar em diferentes computadores e é frequentemente utilizado em servidores, dispositivos móveis, carros elétricos e sistemas embarcados.

Por outro lado, Windows pode exigir atualizações de hardware para atender às suas demandas crescentes. Embora o Windows seja amplamente compatível com a maioria dos dispositivos populares, alguns dispositivos mais antigos podem não ter mais suporte ou requerer a instalação de drivers adicionais.

Custo Total de Propriedade

O custo total de propriedade é um fator importante a ser considerado, especialmente para empresas e organizações. GNU/Linux tem a vantagem de ser um sistema operacional de código aberto, o que significa que o software em si é gratuito. Isso pode resultar em economias significativas para empresas que desejam implantar sistemas GNU em um grande número de computadores.

Entretanto, Microsoft Windows é uma plataforma comercial que requer a compra de licenças para uso. Embora a Microsoft ofereça diferentes opções de licenciamento para atender às necessidades de diferentes empresas e inclui todos os componentes necessários para funcionar corretamente, essas licenças podem representar um custo adicional.

Liberdade de Escolha

Uma das vantagens exclusivas do Linux é a liberdade de escolha que ele oferece aos usuários. Ao contrário do Windows, que é desenvolvido por uma única empresa e está sujeito às suas políticas e restrições, o Linux é um sistema operacional de código aberto que pode ser modificado e personalizado por qualquer pessoa.

Isso significa que os usuários têm a liberdade de escolher a distribuição Linux que melhor atenda às suas necessidades e preferências. Além disso, o Linux permite que os usuários instalem apenas os programas e serviços necessários, evitando a instalação de software indesejado ou desnecessário.

Veredito

No final das contas, a resposta para a pergunta sobre qual sistema operacional é mais indicado, GNU/Linux ou Windows, depende das necessidades e preferências individuais de cada usuário.

GNU/Linux oferece flexibilidade, estabilidade e segurança, sendo especialmente adequado para usuários avançados e ambientes de negócios. Por outro lado, o Windows oferece uma ampla gama de aplicativos comerciais e uma interface familiar para usuários que preferem uma experiência mais tradicional.

Antes de tomar uma decisão, é importante considerar os requisitos específicos do seu uso, bem como a familiaridade e o suporte disponível para cada sistema operacional. Ambos têm pontos fortes e fracos, e cabe a você decidir qual deles é mais adequado para suas necessidades.

Referências

Ballmer: “Precisamos de Computadores de Cem dólares”

https://elpais.com/tecnologia/2004/10/20/actualidad/1098260884_850215.html

Ballmer: “Linux é um câncer”

https://www.theregister.com/2001/06/02/ballmer_linux_is_a_cancer/

Microsoft: estávamos errados sobre o código aberto

https://www.theverge.com/2020/5/18/21262103/microsoft-open-source-linux-history-wrong-statement

Analise de sistemas operacionais

https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18149/tde-09012009-210323/publico/DissertacaoArocaMestrado2008.pdf

Windows vs Linux: Qual o melhor sistema operacional?

https://www.itpro.com/operating-systems/24841/windows-vs-linux-whats-the-best-operating-system/2

Cinco motivos que colocam o Linux à frente do Windows em servidores

https://www.serpro.gov.br/menu/noticias/noticias-antigas/cinco-motivos-que-colocam-o-linux-a-frente-do-windows-em-servidores

Qual o melhor para sua empresa? Linux ou Windows?

https://www.valuehost.com.br/blog/linux-ou-windows/

Quais são as vantagens do Linux?

https://www.educative.io/answers/what-are-the-advantages-of-linux

10 vantagens do Windows 11 que você precisa saber

https://hpro.com.br/10-vantagens-do-windows-11/

Aplicações de sistemas operacionais baseados em Linux

https://turbofuture.com/computers/Home-Applications-of-Linux-Based-Operating-Systems

Sistema operacional Linux

https://www.techtarget.com/searchdatacenter/definition/Linux-operating-system


SilCarlos é técnico em redes de computadores com especialidade em segurança de redes de computadores.
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Distribuição GNU/Linux ou BSD?

Conhecendo as distribuições independentes e como escolher uma

por SilCarlos

O desafio de escolher uma distribuição

Escolher uma distribuição Linux ou BSD pode ser uma tarefa assustadora, especialmente se você é novo no mundo do software livre e de código aberto. A escolha da distribuição (comumente conhecida como Distro) depende de vários fatores como: objetivos, necessidades, habilidades técnicas, hardware disponível e preferência pessoal.

Neste artigo, exploraremos o que é uma distribuição GNU/Linux ou BSD e por que você deve escolher uma em detrimento da outra, e veremos as diferentes opções disponíveis.

O que é GNU/Linux?

GNU/Linux é uma combinação ou coleção de utilitários de software livre desenvolvidos pela comunidade GNU pertencente à Free Software Foundation; incluindo bibliotecas, compiladores, editores, shells, etc., juntamente com o kernel Linux, desenvolvido pela Linux Foundation.

O sistema operacional GNU (GNU não é Unix) foi oficialmente criado pelo programador americano Richard Stallman em setembro de 1983 enquanto trabalhava no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Stallman também é o fundador e presidente da Free Software Foundation e autor da licença General Public License (GPL).

Linux (o kernel) foi desenvolvido e lançado em outubro de 1991 pelo engenheiro de software finlandês Linus Torvalds enquanto ele estudava na Universidade de Helsinque, na Finlândia. Torvalds também é o criador do sistema de controle de versão Git.

O que é BSD?

O nome completo do BSD é: Berkeley Software Distribution. Um sistema operacional completo desenvolvido pela Universidade da Califórnia, em Berkeley na década de 1970.

O sistema operacional BSD é derivado do Unix, um sistema operacional desenvolvido em 1969 por Dennis Ritchie e Ken Thompson da AT&T Bell Laboratories. Seu código-fonte é proprietário.

O Berkeley Computer Systems Research Group (CSRG), liderado pelo professor e cientista da computação Bob Fabry, criou uma alternativa de código aberto ao Unix (BSD) em março de 1978 com financiamento da DARPA.

Você Sabia??

A DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency) é uma agência norte americana responsável pela investigação e desenvolvimento de tecnologias avançadas para uso militar, nomeadamente das forças armadas: Exército, Marinha e Força Aérea dos EUA.

O BSD foi lançado publicamente em junho de 1989 pelo projeto 386BSD (Net/1). Mais tarde, o projeto se bifurcou, resultando em FreeBSD (janeiro de 1992) e NetBSD (abril de 1993).

O que é uma distribuição GNU/Linux?

Também chamada de distribuição de pacotes, é um sistema operacional completo que inclui o núcleo Linux (Kernel), mais os utilitários GNU (shell, compiladores, editores, gerenciadores, etc.) e outros softwares independentes (navegadores web, reprodutores de música, etc.).

As distribuições independentes (não tem base em nenhum outro sistema) e que possuem seus próprios repositórios de pacotes, atualmente, são:

  • Debian (origem: Global)
  • Alpine (origem: Noruega)
  • Arch Linux (origem: Canadá)
  • Gentoo (origem: Estados Unidos)
  • Slackware (origem: Estados Unidos)
  • OpenSUSE (origem: Alemanha)
  • Fedora (origem: Estados Unidos)
  • NixOS (origem: Países Baixos)
  • Mageia (origem: França)
  • OpenMandriva (origem: França)
  • Rosa (origem: Rússia)
  • Linux From Scratch (origem: Canadá)
  • Solus (origem: Irlanda)
  • Guix System (origem: França)
  • Exherbo (origem: Dinamarca)
  • Void (origem: Espanha)

Distribuições notáveis com base em outros sistemas, mas que possuem seus próprios repositórios de pacotes.

  • Ubuntu (Base: Debian) e (origem: Ilha de Man)
  • Linux Mint (Base: Ubuntu e Debian) e (origem: Irlanda)
  • Manjaro (Base: Arch Linux) e (origem: Áustria)

Distribuições de pacotes com enfase nas Empresas:

  • Red Hat Enterprise (origem: Estados Unidos)
  • SUSE Linux Enterprise (origem: Alemanha)
  • Ubuntu Server (origem: Ilha de Man)
  • IPFire (origem: Alemanha)

Existem muitas empresas que utilizam alguma distribuição GNU/Linux em seus produtos ou servidores. Algumas mais conhecidas incluem:

  • Google
  • Amazon
  • Tesla
  • IBM
  • Oracle
  • Intel
  • NASA
  • Pixar Animation
  • DreamWorks Animation
  • Uber
  • The New York Stock Exchange (NYSE)
  • Banco do Brasil
  • Banco del Estado de Chile

O que é uma distribuição BSD?

Uma distribuição BSD é um sistema operacional como Unix baseado no Berkeley Software Distribution (BSD). Um sistema operacional gratuito e de código aberto que é usado em uma ampla variedade de dispositivos, incluindo servidores, estações de trabalho, roteadores e switches.

As distribuições BSD são conhecidas por sua estabilidade, segurança e desempenho. Também são conhecidas por sua extensa biblioteca de software, que inclui uma ampla variedade de aplicativos, ferramentas e utilitários.

Algumas das distribuições BSD mais populares incluem:

  • FreeBSD (origem: Estados Unidos)
  • OpenBSD (origem: Canadá)
  • NetBSD (origem: Estados Unidos)
  • DragonFly BSD (origem: Estados Unidos)

BSD é uma ótima escolha para usuários que procuram um sistema operacional estável, seguro e confiável. Não é atoa que “Big Techs” utilizam este sistema operacional em seus produtos ou servidores, alguns exemplos de empresas:

  • Apple (macOS)
  • Atlassian
  • Apache
  • Cisco
  • Facebook
  • Juniper
  • Dell
  • McAfee
  • Netflix
  • Reddit
  • Spotify
  • Sophos
  • Verisign
  • Twitter (atual X )
  • Sony (PlayStation 3, 4 e 5)
  • Wikimedia Foundation (MediaWiki)

Entendendo as diferenças entre as distribuições

Existem aproximadamente vinte distribuições GNU/Linux e quatro distribuições BSD que distribuem pacotes por meio de repositórios, cada uma; com suas próprias características e objetivos, seus próprios conjuntos de recursos, ambientes de trabalho e filosofia.

Você Sabia!?

A maioria esmagadora das distros listadas no sítio DistroWatch são apenas Remasterizações? Isto é, clones de distribuições de pacotes autenticas e com muitas modificações. Desenvolvedores hobistas criam suas próprias distros (clones) personalizadas com ajuda de ferramentas como: Remastersys, Reconstructor, Pinguy Builder, Refracta Tools e UCKOE.

Evite na medida do possível usar uma remasterização como sistema operacional do seu computador, pois, sistemas modificados podem abrir (ou incluir) portas para possíveis problemas de segurança: Rootkits, Spywares e Backdoors.

Algumas das diferenças mais importantes entre as distribuições incluem:

  • Gerenciador de pacotes: Cada distribuição usa um gerenciador de pacotes diferente para instalar e gerenciar software. Alguns dos gerenciadores de pacotes mais populares incluem: APT (Debian), DNF (Fedora), Pacman (Arch), Zypper (OpenSUSE), APK (Alpine), Portage (Gentoo), PKG (FreeBSD), etc.

  • Ambiente de desktop: Cada distribuição vem com um ambiente de desktop diferente, que é a interface gráfica do usuário que você vê quando liga o computador. Alguns dos ambientes de desktop mais populares incluem: GNOME, KDE, XFCE, LXQt e MATE.

  • Foco: Algumas distribuições são projetadas para usuários iniciantes, outras são projetadas para usuários avançados. Há também distribuições projetadas para uso geral (jogar, multimídia, navegar na internet, etc.) ou mais especializadas para tarefas específicas, como: jogos (SteamOS, Batocera, etc.), desenvolvimento de software, forense computacional (Kali, Backbox, wifislax, etc.), etc.

  • Personalização: Algumas distribuições fornecem opções avançadas de customizações, como é o caso das distros: Slackware, Arch Linux, Gentoo, Linux From Scratch, Alpine, FreeBSD e DragonFly BSD. Enquanto outras, seguem um design padronizado e limitam a personalização. Como exemplos: Debian, Fedora, Ubuntu, NetBSD, Linux Mint, Void, Solus, OpenMandriva, etc.

  • Comunidade: Cada distribuição tem sua própria comunidade de usuários e desenvolvedores. Algumas comunidades são maiores e mais ativas do que outras.

Fatores a serem considerados ao escolher uma distribuição: GNU/Linux ou BSD

Ao escolher uma distribuição Linux ou BSD, existem vários fatores a serem considerados. Aqui estão alguns pontos importantes a serem levados em consideração:

  1. Necessidades do Usuário: O que é prioridade? Por exemplo, você precisa de uma distribuição para uso pessoal ou profissional? Você valoriza a estabilidade ou a quantidade de software disponível?

  2. Facilidade de Uso: Interface do usuário e a facilidade de instalação e configuração da distribuição. por exemplo: Algumas distribuições são mais amigáveis para iniciantes (Ubuntu, Fedora, OpenSUSE, OpenMandriva, etc.) enquanto outras são para usuários intermediários (Debian, Slackware, FreeBSD, DragonFly BSD, etc.). Há também, distros voltadas para usuários avançados (Gentoo, NetBSD, OpenBSD, Exherbo, Linux From Scratch, etc.).

  3. Suporte e Comunidade: Disponibilidade de suporte técnico (Fóruns) e a comunidade de usuários (Grupos e Chats). Uma comunidade ativa pode ajudar a resolver problemas e fornecer suporte quando necessário.

  4. Requisitos de Hardware: Algumas distribuições são mais leves (usam menos recursos computacionais) e otimizadas para funcionar em sistemas com recursos limitados, enquanto outras exigem hardware mais potente.

  5. Segurança: Certifique-se de pesquisar a segurança da distribuição e verificar se ela recebe atualizações regulares e patches de segurança.

  6. Complexidade na instalação: É importante ler a documentação antes de tomar qualquer decisão. Isto irá assegurá-lo sobre as habilidades técnicas necessárias para instalar e configurar a sua distribuição favorita. Também, certificá-lo sobre os recursos necessários (como espaço no disco rígido) para abrigar o sistema operacional.

Por que escolher uma Distribuição GNU/Linux ou BSD?

GNU/Linux ou BSD são os preferidos pelos desenvolvedores de software, empresas de tecnologia e militares devido à sua estabilidade, segurança, poder, personalização, variedade de distribuições, ambientes gráficos e liberdade.

Por exemplo:

Distribuições BSD (FreeBSD ou NetBSD) tem uso preferível em servidores por razões de custos e recursos limitados em situações críticas em campos de pesquisa financeiros. Também muito usado como ferramenta de intrusão (Firewall) por industrias militares.

Outro exemplo

A empresa de entretenimento Sony utiliza uma versão proprietária do FreeBSD como sistema operacional do seu videogame PlayStation (Versão: 3, 4 e 5).

Usuários veteranos escolheram uma distribuição GNU/Linux por questões de custo, pela facilidade de uso, por funcionar com recursos limitados, características avançadas, suporte, segurança e qualidade.

Exemplos de personalidades públicas que utilizam alguma distribuição GNU/Linux:

  • Richard Stallman (Criador do sistema GNU)
  • Linus Torvalds (Criador do Kernel Linux)
  • Larry Wall (Criador da linguagem Perl)
  • Guido Van Rossum (Criador da linguagem Python)
  • Mark Shuttleworth (Fundador da Canonical)
  • Michael Larabel (Editor chefe do site de notícias Phoronix)

Referências

Porque usar Linux?

https://www.dongee.com/tutoriales/por-que-usar-linux/

5 Razões pelas quais uso Linux

https://www.muycomputer.com/2022/08/19/razones-linux-windows/

Explicando o BSD (FreeBSD)

https://docs.freebsd.org/pt-br/articles/explaining-bsd/

FreeBSD, NetBSD e OpenBSD: o que são e características

https://www.infowester.com/freebsd-netbsd-openbsd.php

Qual a Diferença entre Linux e BSD?

https://pt.linux-console.net/?p=8078

Sistemas Operacionais de Código Aberto

https://www.joeldebortoli.com/2013/02/sistemas-operacionais-de-codigo-aberto.html?m=1

Tipos de Licenças de Software

https://www.agtic.ufpr.br/pds-ufpr/ProcessoDemoisellePlugin/guidances/supportingmaterials/tiposLicencasSoftware_AD711F8B.html

Qual BSD escolher?

https://elias.praciano.com/2016/07/qual-bsd-escolher/

As Diferenças entre o BSD e o Linux

https://www.hardware.com.br/artigos/diferencas-linux-bsd/

Novas vulnerabilidades do FreeBSD podem afetar PS4/PS5

https://wololo.net/2023/03/22/new-freebsd-vulnerabilities-could-impact-ps4-ps5/

PlayStation 4 e FreeBSD: A verdade

https://www.theregister.com/2013/11/16/sony_playstation_4_kernel/

O FreeBSD é mais rápido que um sistema linux?

https://linuxuniverse.com.br/bsd/mais-rapido-linux

FreeBSD (Wikipedia)

https://en.wikipedia.org/wiki/FreeBSD

Remasterização de software: o que é? o que faz?

https://www.vivaolinux.com.br/artigo/Remasterizacao-de-Software-O-que-e-Como-se-faz-Um-breve-resumo

Criar uma Remasterização GNU/Linux: Debian e Ubuntu

https://linuxdicasesuporte.blogspot.com/2017/02/criar-uma-remasterizacao-gnulinux-para.html?m=1

Remasterização GNU/Linux (RefiSeFuQui)

https://linuxdicasesuporte.blogspot.com/2017/05/remasterizacoes-gnulinux.html?m=1


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IceWM para Computadores Antigos

Montando um ambiente de trabalho básico e funcional para computadores com até 15 anos de idade.

por SilCarlos

Obsolescência programada

Com o avanço rápido da tecnologia, é comum que computadores fiquem desatualizados em termos de desempenho e capacidade, na contemporaneidade, fabricantes incentivam os consumidores a substituírem seus produtos antigos por modelos mais recentes, impulsionando o consumo e as vendas. Essa prática é geralmente chamada de “obsolescência programada ou Planejada”,

Essa pratica é amplamente utilizada em diversos setores da indústria, como: eletrônicos, eletrodomésticos, automóveis e até mesmo roupas desde a década de 1930. O argumento em defesa dessa pratica é de que isso impulsiona a inovação tecnológica e o progresso econômico.

Todavia, a obsolescência programada pode gerar sérios riscos ao meio ambiente, pois, uma vez que os produtos têm uma vida útil limitada e precisam ser substituídos com mais frequência, aumenta a demanda por matérias-primas e junto a isso, a degradação ambiental.

Os computadores antigos, também conhecidos como obsoletos ou legados, não fogem a esta regra. Muitas vezes, os fabricantes lançam atualizações de software (sistemas operacionais) ou hardware (RAM, CPU, GPU, etc.) que tornam os computadores mais antigos lentos ou incompatíveis, forçando os consumidores (vulgar: usuários) a atualizarem para os modelos mais recentes.

Por exemplo:

Em laptops, as baterias têm uma vida útil limitada e, após um determinado número de ciclos de recarga, começam a perder capacidade.

Outro exemplo:

Os componentes soldados (SMDs) em placas mães, ou integrados (sockets, slots, etc.), dificultam a substituição ou reparo, forçando a compra de novas placas.

A boa notícia e que existe um movimento nos Estados Unidos, na Europa e também no Brasil, chamado: “Direito de Reparo”, cujo objetivo é garantir que os consumidores tenham o direito de reparar seus próprios produtos eletrônicos (ou eletrodomésticos), além do acesso as peças de reposição, dos manuais de reparo e das informações técnicas necessárias.

Montando o ambiente de trabalho

Aderindo ao movimento “Direito de Reparo” vamos (você leitor e eu) construir um ambiente de trabalho básico, mas funcional com aquele computador obsoleto que ainda está funcionando.

Requisitos necessários:

  • Computador: Desktop ou Laptop
  • Memória (RAM): 2GB ou 4GB.
  • Armazenamento (HD): 80GB, 120GB ou 320GB.
  • Processador AMD (CPU): Athlon 64, Athlon 64 X2, Athlon II X2, Athlon II X3, Athlon II X4, Athlon X2, Athlon X4, Phenom II X2, Phenom II X3, Phenom II X4 e Sempron X2.
  • Sistema operacional de 32 bits (i386 ou i686): Debian ou NetBSD.

Não irei abordar a instalação do Debian minimal (netinstall) e do NetBSD neste artigo, então, deixarei links para você acompanhar.

Como instalar Debian (Minimal):

https://invidious.io.lol/watch?v=Seqx3Oj5JRE

Como instalar NetBSD (Padrão):

https://yt.artemislena.eu/watch?v=Olbzb6trTaI&t=76

DICA DE OURO!

Durante a instalação do Debian minimal dê preferência ao sistema de arquivos Brtfs e no NetBSD escolha o sistema de arquivos LFS. Ambos são sistemas de arquivos que trabalham muito bem com uma quantidade grande de arquivos sem ficarem sobrecarregados (lento).

Gerenciador de Janelas IceWM

É um gerenciador de janelas leve e altamente configurável para sistemas GNU/Linux e BSD. Foi projetado para ser rápido, estável e consumir poucos recursos dos sistemas computacionais, tornando-se adequado para o uso em computadores mais antigos.

Desenvolvido por Marko Macek em 1997, foi lançado como uma alternativa ao gerenciador de janelas Window Maker, mas oferecendo recursos semelhantes. Desde então, tem sido desenvolvido e aprimorado por uma comunidade ativa de desenvolvedores, chegando a sua versão 3.0 em outubro de 2022.

Características:

  • Simplicidade: barra de tarefas e um menu.
  • Configurável: temas, atalhos de teclado, estilos das janelas, ícones, cores e muito mais.
  • Baixo consumo de recursos: pouca memória (RAM) e processamento (CPU).
  • Múltiplas áreas de trabalho: navegação entre várias áreas de trabalho (workspaces).
  • Extensibilidade: suporte a extensões e applets.
  • Compatibilidade com o padrão freedesktop.org: ícones do desktop, menus de contexto e notificações do sistema.
  • Suporte a janelas em estilo fluxbox.

IceWM no Debian ou NetBSD

IceWM é um gerenciador de janelas e não um ambiente de desktop, deste modo, precisaremos instalar pacotes que possibilitem usá-lo como tal.

Para o nosso Ambiente de trabalho, precisaremos:

  1. Gerenciador de Janelas
  2. Servidor de Exibição
  3. Servidor multimídia
  4. Gerenciador de Arquivos
  5. Gerenciador de Redes
  6. Gerenciador de Pacotes
  7. Gerenciador de Tarefas
  8. Gerenciador de Downloads
  9. Sistema de Impressão
  10. Daemon de notificação

Você sabia!?

Debian já utilizou o kernel NetBSD!!

A ideia por trás desse experimento era explorar as possibilidades de combinar os benefícios do NetBSD (estabilidade, segurança e portabilidade) com a vasta seleção de pacotes e a comunidade ativa do Debian. No entanto, o projeto enfrentou alguns desafios ao longo do tempo, a falta de suporte para drivers de hardware e algumas limitações de compatibilidade dos repositórios, limitaram sua adoção em grande escala.

O projeto foi abandonado em 2002 dando lugar ao Debian GNU/KFreeBSD em 2006.

Preparando o Ambiente de Trabalho – Debian

Apos instalação do Debian 11 Bullseye Minimal e logado como root, siga:

A) Primeiro: instalar sudo

apt install sudo

B) Segundo: adicionar nosso usuário ao grupo sudo:

usermod -aG sudo carlos

C) Terceiro: atualizar a lista de pacotes:

sudo apt update

D) Quarto: instalar os pacotes necessários para o ambiente de trabalho:

sudo apt install icewm icewm-common icewm-lite gmrun slim arandr remmina nano lxappearance htop xscreensaver pulseaudio pavucontrol volumeicon-alsa connman connman-gtk cups system-config-printer bluez-cups xorg xserver-xorg-input-synaptics lxinput pipewire pipewire-pulse mate-notification-daemon xcompmgr ufw gufw adduser scrot pcmanfm uget acetoneiso sakura feh debian-reference-pt

E) Quinto: Apos a instalação dos pacotes, inicie o ambiente:

startx

Preparando o Ambiente de Trabalho – NetBSD

Apos instalação do NetBSD 9.3 e logado como root, siga:

A) Primeiro: Adicionando o nosso usuário ao grupo Wheel:

pkg_add usermod -G wheel carlos

Nota: “wheel” têm permissão para executar comandos administrativos com o comando “su” (sudo).

B) Segundo: adicionando nosso usuário como operador e staff:

pkg_add usermod -G operator carlos

pkg_add usermod -G staff carlos

C) Terceiro: instalando o fronted pkgin:

sudo pkg_add pkgin

Nota: PKGIN é uma ferramenta que torna o gerenciador de pacotes PKGSRC semelhante ao APT do Debian.

Por exemplo:

instalar o pacote VLC, fica assim: “sudo pkgin install vlc” ou removê-lo: “sudo pkgin remove vlc”, tem mais! Remover dependências: “sudo pkgin autoremove”, etc.

Mais detalhes sobre o PKGIN você confere no endereço abaixo:

Gerenciador de pacotes, PKGIN: https://pkgin.net/

D) Quarto: Atualizar a lista de pacotes:

sudo pkgin update

E) Quinto: instalar os pacotes necessário para o ambiente.

pkgin install icewm icewmconf slim dmenu dbus avahi nano fam hal arandr lxappearance htop lxinput xscreensaver pulseaudio pavucontrol cups xorg xkeycaps alsa-utils alsa-plugins alsa-lib aumix aumix-gtk wpasupplicant wpagui mate-notification-daemon pcmanfm feh sakura

F) Sexto: Copie os aquivos fam, dbus e hal para o diretório rc.d

 cp usr/pkg/share/examples/rc.d/famd /etc/rc.d 
 cp usr/pkg/share/examples/rc.d/dbus /etc/rc.d
 cp usr/pkg/share/examples/rc.d/hal /etc/rc.d

Em seguida abra o arquivo de configuração rc.conf

G) Sétimo: Adicione fam, hal e dbus ao arquivo rc.conf

sudo nano /etc/rc.conf

Adicione:

rpcbind=YES
famd=YES
dbus=YES
hal=YES
sound_load=YES

Salve as mudanças no arquivo.

H) Oitavo: Abra e edite o arquivo xinitrc

sudo nano /home/carlos/.xinitrc

Adicione:

exec icewm

salve as mudanças no arquivo.

I) Nono: Abra e edite o aquivo xinitrc no root.

sudo nano /root/.xinitrc

Adicione:

exec icewm

salve as mudanças no arquivo.

J) Décimo: Abra e edite o aquivo rc.local

sudo nano /etc/rc.local

Adicione:

usr/local/bin/slim -d

salve as mudanças.

K) Décimo primeiro: Ative ou desative os serviços.

 sudo rcctl enable messagebus
 sudo rcctl enable avahi_daemon
 sudo rcctl disable xenodm 

Reinicie o sistema.

Configurando IceWM no Debian ou NetBSD

IceWM é um gerenciador de janelas personalizável e suas configurações originais são baseados em texto, por este motivo, será necessário utilizar um editor de textos para configurá-lo.

Eis, os aquivos de configurações:

  • Preferences: arquivo de configuração principal.
  • Menu: controla o conteúdo do menu.
  • Keys: Permite criar atalhos de teclado.
  • Toolbar: ícones na barra de tarefas.
  • Winoptions: aplicações individuais
  • Theme: Temas
  • Startup: aplicações na inicialização.

Nesta etapa, utilizaremos o editor “nano” para as tarefas.

Para alterar a configuração padrão do IceWM, primeiro, copiaremos os arquivos de configuração para o diretório ~/.config/icewm.

cp -r /usr/share/icewm/ ~/.config/icewm/

Feito isto, poderemos prosseguir...

Preferences

sudo nano ~/.config/icewm/preferences

O arquivo preferences contem toda a configuração padrão do IceWM. Aqui pode-se mudar o formato ou cores das janelas, do painel, do menu, etc.

As mudanças que faremos neste arquivo, serão:

**Alt+Tab window switching**
QuickSwitch=1 
 
**Reload menu files automatically**
AutoReloadMenus=1 

**Show mailbox status on task bar**
TaskBarShowMailboxStatus=0 

**Show CPU status on task bar**
TaskBarShowCPUStatus=0

**Show RAM usage in CPU status tool tip**
CPUStatusShowRamUsage=0

**Show memory usage status on task bar (Linux only)**
TaskBarShowMEMStatus=0

**Show network status on task bar**
TaskBarShowNetStatus=0

**Allow to switch a window to fullscreen**
AllowFullscreen=1

**Command to shutdown the system**
 ShutdownCommand="test -e /run/systemd/system && systemctl poweroff || sudo -n /sbin/poweroff"

**Command to reboot the system**
 RebootCommand="test -e /run/systemd/system && systemctl reboot || sudo -n /sbin/reboot"

**Command to send the system to standby mode**
 SuspendCommand="test -e /run/systemd/system && systemctl suspend || sudon -n /usr/sbin/pm-suspend"

KeyWinClose="Alt+F4"
KeyWinRestore="Alt+F5"
KeyWinMinimize="Alt+F9"
KeyWinMaximize="Alt+F10"
KeyWinFullscreen="Alt+F11"

**WorkspacesNames**
WorkspacesNames="1", "2"  

Menu

sudo nano ~/.config/icewm/menu

O menu é gerado automaticamente. Os programas são adicionados ao menu depois de instalados no sistema operacional, Debian ou NetBSD.

Keys

sudo nano ~/.config/icewm/keys

IceWM permite lançar programas através de combinações de teclas. A sintax deste arquivo é mais ou menos assim:

“keys” “teclas” “programa”

Por exemplo:

keys "Print"  Scrot (capturar imagens do ambiente de trabalho)
keys "Alt+Ctrl+t" sakura (abre o terminal sakura)
keys "Ctrl+g" gmrun (abre o lançador de aplicativos)

Toolbar

sudo nano ~/.config/icewm/toolbar

O arquivo de configuração toolbar é usado para adicionar programas ao painel do IceWM. A syntax deste arquivo funciona da seguinte maneira:

“prog” “Titulo” “nome do Ícone” “programa”

Por exemplo:

prog "SeaMonkey" seamonkey seamonkey
prog "Claws-Mail" claws-mail claws-mail
prog "Pragha" pragha pragha
prog "Telegram-desktop" telegram-desktop telegram-desktop

e assim por diante. 

Theme

O arquivo theme contem a lista de todos os temas pré-instalados. O tema que estiver sem o comentário (#) é o que estará sendo utilizado no momento.

poderemos baixar temas personalizados para o nosso ambiente através do endereço:

Box-Look http://www.box-look.org/

Apos baixar o tema, descompacte-o e mova para o diretório Theme.

/home/carlos/.config/icewm/themes

Dica: Temas que gosto e recomendo: Nitrogen, BSD-CrossOver, Ubuntu20.04-Medium e iceux_pro.

Startup

sudo nano ~/.config/icewm/startup

O script de inicialização não é fornecido pelo pacote IceWM, então, precisaremos criá-lo.

No arquivo startup adicionaremos comandos para programas que iniciam junto a sessão IceWM, mas antes, precisamos torná-lo executável.

Criaremos um pequeno script (Debian):

#!/bin/sh
sleep 1
volumeicon &

connman-gtk &

mate-notification-daemon &

xscreensaver --no-splash &

xcompmgr &

feh --bg-fill /home/carlos/imagens/papel-de-parede.png &

~/.screenlayout/default.sh

Salve as mudanças no arquivo.

Em seguida precisamos alterar as permissões para que tudo seja executado corretamente. Com o terminal ainda aberto siga até o diretório onde se encontra o arquivo startup:

cd /home/carlos/.config/icewm

Use o comando chmod para alterar as permissões do arquivo:

chmod +x startup

Criaremos um pequeno script (NetBSD):

#!/bin/sh
sleep 1
aumix-gtk &

mate-notification-daemon &

xscreensaver --no-splash &

xcompmgr &

feh --bg-fill /home/carlos/imagens/papel-de-parede.png &

~/.screenlayout/default.sh

Com o terminal ainda aberto siga até o diretório onde se encontra o arquivo startup:

cd /home/carlos/.config/icewm

Use o comando chmod para alterar as permissões do arquivo:

chmod +x startup

Programas essenciais

São programas que desempenham funções básicas e necessárias para a maioria dos usuários em um ambiente computacional. Por exemplo: navegador web, reprodutor de mídia, cliente de e-mail, suíte de escritório, etc.

Essenciais no Debian ou NetBSD

Navegador web

SeaMonkey é leve e funciona sem muitos problemas em computadores com apenas 2GB de memória. Este navegador não se encontra nos repositórios do Debian. Será necessário utilizar um repositório não oficial.

Logo abaixo, há um endereço com um tutorial para instalar o SeaMonkey no Debian ou Ubuntu.

Recomendação: siga o método 2 do tutorial.

https://fostips.com/install-seamonkey-ubuntu-debian/

Disponível somente no NetBSD.

sudo pkgin install seamonkey

Cliente de E-mail

Claws-Mail é um cliente de e-mail e leitor de notícias leve, rápido, fácil configuração e interface intuitiva. Disponível no Debian, também no NetBSD.

sudo apt install claws-mail

sudo pkgin install claws-mail

Suíte de Escritório

LibreOffice é suíte de escritório poderosa, possuindo um editor de textos, editor de planilhas, editor de apresentação, etc. Se utilizar esta suíte num computador com 4GB de memoria poderá usá-lo sem muitos problemas, entretanto, funciona com apenas 2GB, mas a lentidão será perceptível.

Disponível no Debian e NetBSD.

sudo apt install libreoffice

sudo pkgin install libreoffice

Reprodutor de Mídia

VLC é reprodutor multimídia simples, rápido e poderoso. Reproduz SÓ TUDO! DVD, CD de áudio, VCD e vários protocolos de transmissão de rede.

Disponível no Debian, também NetBSD.

sudo apt install vlc

sudo pkgin install vlc

Reprodutor de Músicas

Pragha é um reprodutor de músicas muito leve, simples, rápido e cheio de recursos, como:

  • Suporte a letras de músicas
  • Pesquise, filtre e enfileire músicas na lista de reprodução atual
  • Reproduz arquivos mp3, m4a, ogg, flac, asf, wma e ape.
  • Toca CDs de áudio e identifica como CDDB.
  • Notificações nativas da área de trabalho com libnotify.

Disponível no Debian, também no NetBSD.

sudo apt install pragha

sudo pkgin install pragha

Gerenciador de Downloads

uGet é um gerenciador de download leve, poderoso e cheio de recursos, como: monitoramento da área de transferência, integração com navegador web (Firefox, Chromium, SeaMonkey, etc.) e suporte a múltiplos protocolos de download.

Disponível somente no Debian.

sudo apt install uget

UrlGfe é um gerenciador de downloads semelhante ao uGet, com os mesmos recursos, que utiliza libcurl, possui um interface gráfica GTK2+. Disponível somente NetBSD.

sudo pkgin install urlgre

Visualizador de PDF

QPdfView é um visualizador de arquivos PDF semelhante a muitos aplicativos PDF comuns. Possui dois dois modos: MultiPage, percorre todas as páginas do documento, com intervalos. SinglePage, mostra uma página de cada vez. Disponível no Debian, também no NetBSD.

sudo apt install qpdfview

sudo pkgin install qpdfview

Cliente de Mensagens

Telegram-desktop é um aplicativo de mensagens na forma de software livre (cliente) disponível para desktops/laptops e aparelhos moveis: Smartphone e Tablet.

Disponível somente no Debian.

sudo apt install telegram-desktop

Gajim é um cliente completo para rede descentralizada XMPP/Jabber. Oferece criptografia de ponta a ponta, traduzido para 30 idiomas, descentralizado, extensível e de código aberto.

Disponível para Debian e NetBSD.

sudo apt install gajim

sudo pkgin install gajim

Jogos de videogames

Mednafen e um emulador retrogaming multi-sistema (Atari, SNES, Saturn, PSXOne, etc), leve e poderoso. Suporta mapeamento teclas, controles usbs, salvamento de estado e muitos mais.

Disponível no Debian e NetBSD

sudo apt install mednafen mednaffe

sudo pkgin install mednafen mednaffe

MAME é um emulador de fliperama (arcade) que suporta os sistemas (de 1975 até o momento): Capcom System I, II e III; SNK NeoGeo, Aklain, Midway, Namco Bandai, PGM, etc..

Disponível no Debian e NetBSD

sudo apt install mame mame-tools mame-data

sudo pkgin install mame

FBNeo é um emulador de fliperama baseado no FinalBurn, este emula as velhas roms do MAME e alguns consoles retros: SNES e Genesis.

Disponível somente no NetBSD

sudo pkgin install fbneo


SilCarlos é técnico em redes de computadores com especialidade em segurança de redes de computadores.
Licença de Cultura livre
Licença Creative Commons
Esta obra está sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional

Jogando no Debian

Quem disse que GNU/Linux não tem Jogos?

por SilCarlos

Sistema Operacional Universal

Debian é um sistema operacional de código aberto que utiliza o Linux como núcleo. É conhecido por sua estabilidade, segurança e ampla variedade de pacotes de software. Foi desenvolvido por Ian Jackson e Bruce Perens, programadores e engenheiros de software dos Estados Unidos, que contribuíram significativamente para o desenvolvimento da Distribuição Debian.

Ian Murdoch, líder de um pequeno grupo de desenvolvedores que acreditavam nos ideais do software livre na Universidade de Cambridge, decidiu criar uma versão baseada nas diretrizes estabelecidas pelo Projeto GNU. A ideia era tornar a distribuição mais fácil de usar e administrar, além de ser totalmente compatível com o software livre.

No início, Ian Murdoch entrou em contato com Bruce Perens e pediu sua ajuda para organizar o projeto. Juntos, eles formularam as primeiras diretrizes e objetivos do projeto e, em seguida, convidaram Ian Jackson para participar. Assim, eles começaram juntos o processo de criação do sistema operacional universal – Debian.

Murdock desejava criar uma distribuição Linux que fosse fácil de usar e incluísse um sistema de gerenciamento de pacotes eficiente. Também, queria que o sistema operacional fosse acessível a todos, independente do seu nível de conhecimento técnico.

O projeto do sistema operacional foi desenvolvido por Murdock enquanto era estudante na universidade de Purdue em Indiana nos Estados Unidos. O codigo fonte do sistema foi desenvolvido por Bruce Perens. O nome debian e uma combinação dos nome de sua então esposa, Deborah Lynn Cole d'Alessandro, e seu próprio nome, Ian.

Atualmente; é amplamente utilizado em servidores, computadores pessoais (PC), computadores de placas únicas (SBC) e aparelhos moveis (Tablets e smartphones) e internet das coisas – IoT.

Também é a base para muitas outras distribuições populares, como:

  • Ubuntu e Linux Mint (Desktop)
  • Proxmox (Hipervisor)
  • VyOS (Firewall)
  • Kali e Parrot (Forensics)
  • PureOS (Mobile)
  • OpenMediaVault (NAS)
  • Raspberry PI OS (SBC)
  • Tails (Privacy)
  • Clonezilla (Data Rescue)
  • SELKS (Security)

O sistema operacional SteamOS, desenvolvido pela empresa Valve Corporation, era baseado no Debian ate ano de 2019 e foi projetado para computadores pessoais ou aparelhos dedicados de videogame. Possuía recursos como: “Big Picture” (tela cheia em Televisores 16:9) e um controle dedicado chamado “Steam Controller”. A partir da versão 3.0, lançado em 2020, o sistema passou a ser baseado no Arch Linux.

Voce Sabia??

Ian Jackson é um programador britânico que trabalhou no Projeto GNU e contribuiu com o desenvolvimento do software livre. contribuiu na fundação da Free Software Foundation (FSF), uma organização dedicada à promoção e defesa do software livre.

Bruce Perens é um engenheiro de software estadunidense que também contribuiu para o Projeto GNU e para o desenvolvimento do software livre. Ele é coautor do manual de licenciamento do software livre e membro fundador da Open Source Initiative (OSI).

Ambos tiveram papel fundamental no processo de criação e evolução da Distribuição Debian GNU/Linux, bem como na popularização do conceito de software livre.

Jogos Livres no Debian

Também chamados de “jogos de código aberto” são jogos distribuídos livremente sob uma licença de software livre: GPL, BSD, Apache ou MIT, desenvolvidos, geralmente, por grupos de pessoas ou organizações, conhecidos por Comunidades.

Dentro das comunidades, muitos desenvolvedores são voluntários ou entusiastas de jogos eletrônicos. Para estes, construir jogos de alta qualidade é um desafio, pois, as ferramentas para construí-los possuem alto valor, por exemplo: Modeladores 3D, Conjuntos de Level Design, Unreal Engine, Unity Pro, etc. .

Por outro lado, com ajuda de ferramentas de código aberto e gratuitas, as dificuldades vem sendo superadas. Algumas opções populares: Godot Engine, Blender, Unity Personal, Simple Direct Media LayerSDL, etc.

Debian é conhecido por ser uma distribuição que valoriza o software livre e de código aberto. Portanto, é natural que haja uma variedade de jogos de código aberto para o sistema.

Aqui estão alguns dos melhores:

Tiro em primeira pessoa (FPS)

  • Assault Cube (semelhante a Counter-Strike)
  • Alien Arena
  • Open Arena
  • Sauerbraten
  • Nexuiz
  • Red Eclipse
  • Doomdays (versão melhorada de Doom)

Jogo de Tiro (shootemup)

  • Battle Tanks
  • XGalaga
  • Torus Trooper

Estrategia (Strategy)

  • 0.A.D (semelhante a Age of Empires)
  • Warzone 2100
  • MegaGlest
  • Bos Wars
  • FreeCiv (semelhante a Civilization)
  • FreeOrion
  • Pingus (semelhante a Free Lemmings)

Multijogador (Multiplayer)

  • Minetest (semelhante a Minecraft)
  • Hedgewars (semelhante a Worms)
  • TeeWorlds

Plataforma (Platform)

  • Super Tux (semelhante a Super Mario Bros)
  • Frogatto
  • Jump'n'Bump

Corrida (Racing)

  • Super Tux Kart (semelhante a Super Mario Kart)
  • Tux Racer
  • Trigger-Rally
  • XRacer

Jogo de Representação (RPG)

  • Flare
  • Wesnoth
  • Adonthell

Simulador (Simulator)

  • Flight Gear (Aviões)
  • LinCity (Cidades)
  • SimuTrans (Transportes)
  • OpenTTD (Transportes)
  • BillardGL (Sinuca)
  • FreeTennis (Tênis)

Blocos que Caem (Tetris)

  • BlockOut
  • Frozen-Bubble
  • XBubble
  • Crack-Attack

Você poderá instalar, facilmente, quaisquer jogos da lista acima sem utilizar nenhum tipo de comando, apenas usando a loja de aplicativos ou Gerenciadores de pacotes gráficos que acompanham os ambientes de trabalho, tipo: GNOME, KDE Plasma, Mate, Cinnamon, LXQt e XFCE.

A lista completa de jogos livres você confere no endereço logo abaixo:

Debian Games: https://tracker.debian.org/teams/pkg-games/+table/general/

Fliperama no Debian

Também conhecido como Arcade, é uma máquina de jogos eletrônicos ou eletromecânicos projetada para ser operada publicamente em locais como salões de jogos, shopping centers, restaurantes e outras áreas de entretenimento. Ganharam popularidade nas décadas de 1970 e 1980, durante a chamada: “era de ouro dos videogames”.

As máquinas de fliperama apresentam uma variedade de jogos, como: jogos de luta, jogos de tiro, jogos de plataforma e jogos de corrida. E funcionam inserindo moedas ou fichas para desbloquear uma sessão de jogo por tempo limitado.

Para preservar a história dos fliperamas, um jovem desenvolvedor italiano, Nicola Salmoria, criou no ano de 1997, um projeto na qual pudesse emular jogos de fliperama em computadores pessoais, ele o chamou de M.A.M.E.

M.A.M.E é um software livre, seu código fonte é distribuído livremente sob a licença GNU GPLv2, mas, a maior parte do seu código, cerca de 90%, está sob a licença BSD.

O projeto tem o proposito de ser um software para fins educacionais e de preservação da história dos jogos e do hardware computacional dos fliperamas. Os desenvolvedores não possuem a intenção de infringir quaisquer direitos autorais ou patentes sobre o jogos de fliperama.

MAME, além de emular jogos, também emula com precisão e fidelidade os sistemas de hardware das máquinas de fliperama originais, como: processadores, placas de vídeo, som e entradas de controle.

Confira o endereço do repositório oficial do código fonte do MAME:

MAME no GitHub: https://github.com/mamedev/mame

Instalando MAME no Debian

Você não terá dificuldades para instalar o emulador no Debian. Poderá fazê-lo sem utilizar nenhum comando no terminal, usando apenas a loja de aplicativos do seu ambiente de trabalho favorito.

Usando a Loja de Aplicativos:

  • Software Center no GNOME
  • Plasma-Discover no KDE Plasma

Usando Gerenciadores de Pacotes Gráficos:

  • Synaptic que acompanha Mate, XFCE, Cinnamon e LXQt
  • Muon (opcional) para LXQt ou KDE Plasma.

Apos a instalação do pacote, infelizmente você precisará criar o arquivo de configuração do MAME manualmente. Esta tarefa precisa ser feita no terminal do seu ambiente gráfico.

Veja o exemplo:

Abra o terminal que acompanha o seu ambiente de trabalho e digite o seguinte comando:

cd ~/.mame && mame -cc

O comando acima não precisa estar logado como Root. Este cria o arquivo de configuração mame.ini no diretório /.mame. Nele, encontram-se os caminhos para: Roms, Cheats, Arts, Samples, Languages, Plugins, etc.

Jogos Retro no Debian

Também conhecidos como retrogaming, são jogos eletrônicos que foram lançados em épocas anteriores, geralmente nas décadas de 1970, 1980 e 1990. São caracterizados por seus gráficos, sons simples e jogabilidade desafiadora.

Tendem a priorizar a jogabilidade e a diversão imediata em vez de gráficos e recursos avançados. São frequentemente associados a consoles clássicos como: Atari 2600, Super Nintendo, Sega Genesis, Sega Master System, Sega Saturn, Sega Dreamcast, Sony PlayStaion One, etc.

Muitos jogos modernos também são projetados para emular o estilo e a sensação dos jogos retro. Esses jogos são conhecidos como “retro-inspired” ou “retro-style” e buscam capturar a essência dos jogos clássicos enquanto incorporam elementos modernos.

o termo “retro” é usado desde os anos 1972 para descrever novos estilos que se referem a modos, técnicas e materiais, especificamente do passado.

Retrogaming pode ser:

  • Vintage: São os jogos originais.
  • Emulado: Simula um jogo antigo em hardware moderno.
  • Portado: O Jogo antigo é transportado por completo para um hardware moderno
  • Homebrew: jogos novos e originais para consoles antigos.
  • Remakes: jogos remasterizados ou refeitos para plataformas modernas.

O retrogaming esta presente no sistema operacional universal, alguns dos melhores emuladores você confere a seguir:

A) RetroArch

É um software livre e multiplataforma para emulação de jogos em uma variedade de sistemas operacionais: GNU/Linux, FreeBSD, NetBSD, OpenBSD, MacOS e Microsoft Windows. Funciona como uma plataforma unificada para executar emuladores de vários consoles antigos.

Possui uma interface gráfica amigável e uma arquitetura modular que permite aos usuários escolherem uma ampla gama de núcleos de emulação, conhecidos como “libreto-cores”.

Além disso, oferece recursos adicionais, como: configurações avançadas de emulação, suporte a controles USB e Bluetooth, personalização de interfaces, salvamento de estados de jogos, gravação de vídeos e recursos de shaders para melhorar a aparência gráfica dos jogos.

Sistemas Suportados

Abaixo segue uma lista de libreto-cores disponíveis para RetroArch na Debian:

  • libretro-beetle-pce-fast — TurboGrafx-16 e TurboGrafx-CD.
  • libretro-beetle-psx — Sony PlayStation (PSX).
  • libretro-beetle-vb — Nintendo Virtual Boy (VB).
  • libretro-beetle-wswan — Bandai WonderSwan.
  • libretro-snes9x — Super Nintendo (SNES)
  • libretro-desmume — Nintendo DS e Nintendo DS Lite.
  • libretro-gambatte — Nintendo Game Boy e Game Boy Color (GBC).
  • libretro-mupen64plus — Nintendo 64 (N64).
  • libretro-mgba — Nintendo Game Boy Advance (GBA).
  • libretro-genesisplusgx — Sega Genesis, Sega CD, Sega Master System e Sega Game Gear.

As configurações do RetroArch podem ser difíceis no primeiro contato devido à multiplicidade de opções disponíveis. Tendo em vista esta dificuldade, logo abaixo segue um endereço com um pequeno guia sobre a configuração do emulador.

https://www.techradar.com/how-to/retroarch-on-pc-the-ultimate-guide

Você poderá instalar facilmente o RetroArch e libreto-cores no Debian usando a loja de aplicativos do seu ambiente de trabalho favorito.

B) Mednafen

“Mednafen” é uma abreviação para “My Emulator Doesn't Need A Frickin' Excellent Name” (“Meu emulador não precisa de um nome excelente”, em tradução livre). É um emulador de código aberto projetado para ser leve e eficiente, oferecendo uma experiência de emulação precisa e suave para os jogos retro.

Uma característica marcante do Mednafen é sua capacidade de emular vários sistemas em uma única interface. Isto é, você pode acessar e jogar jogos de diferentes consoles através de uma única instância do Mednafen, economizando espaço e simplificando a experiência de emulação.

Possui recursos como: suporte a salvamento de estados, gravação de jogos, captura de tela, emulação de som de alta qualidade e suporte a controles.

Mednafen não possui uma interface de usuário (GUI) por padrão, pois é baseado em linha de comando (CLI) e está disponível para várias sistemas operacionais: Microsoft Windows, macOS, GNU/Linux, FreeBSD e NetBSD.

Sistemas suportados:

  • Atari Lynx
  • Nintendo Game Boy Color
  • Nintendo Game Boy Advance
  • NeoGeo Pocket Color
  • Nintendo / Famicom
  • PC Engine (CD) / TurboGrafx 16 (CD)
  • SuperGrafx (PCE)
  • PC-FX
  • Sega Game Gear
  • Sega Genesis / MegaDrive
  • Sega Master System
  • Sega Saturn
  • Sony PlayStation
  • Super Nintendo / Super Famicom
  • Nintendo Virtual Boy
  • Bandai WonderSwan Color

Jogos Proprietários no Debian

São jogos desenvolvidos e lançados por empresas, estúdios ou desenvolvedores individuais que detêm os direitos exclusivos sobre eles. Essas organizações possuem os direitos de propriedade intelectual e controle total sobre o desenvolvimento, distribuição e comercialização dos jogos.

Geralmente, são desenvolvidos com o objetivo de obter lucro e são vendidos ou disponibilizados para os jogadores mediante pagamento de licenças ou chaves de ativação para serem jogados.

Jogos proprietários costumam ser lançados para plataformas específicas, como: consoles de videogame (Sony PlayStation, Microsoft Xbox, Nintendo Switch) ou sistemas operacionais proprietários: Microsoft Windows e MacOS.

Os jogadores não têm acesso ao código-fonte ou à capacidade de modificar o jogo além das opções oferecidas pelos desenvolvedores.

Nos repositórios Contrib e Non-free do Debian há dois clientes para plataformas de jogos digitais proprietários: Lutris e Steam.

A) Lutris

É uma plataforma de jogos de código aberto; desenvolvido pelo programador francês, Mathieu Comandon, no ano de 2013, que fornece uma interface unificada para gerenciar e executar jogos em diferentes sistemas operacionais: Microsoft Windows, MacOS e GNU/Linux.

Foi projetado para simplificar a instalação, configuração e execução de jogos, especialmente aqueles que não são nativos para o sistema operacional. Possui scripts e instruções para ajudar a automatizar o processo de instalação de jogos e suas dependências.

A proposta do Lutris é unificar o acesso a jogos de diferentes lojas e plataformas: Steam, GOG, Battle.net e emuladores retro, permitindo que os jogadores organizem e gerenciem suas bibliotecas de jogos em um só lugar.

Algumas das características do Lutris incluem:

  1. Instalação simplificada (Scripts personalizados)

  2. Integração com múltiplas plataformas (Steam, GOG, Battle, etc.)

  3. Gerenciamento centralizado (jogos em um único lugar)

  4. Configuração de emuladores (consoles antigos)

  5. Personalização avançada (Configurações)

Lutris é uma ferramenta poderosa para jogadores que desejam simplificar a instalação e o gerenciamento de jogos em diferentes plataformas.

B) Steam

É uma plataforma de distribuição de jogos livres e proprietários digitais para computadores pessoais ou móveis, desenvolvida e operada pela empresa estadunidense, Valve Corporation.

Valve Corporation foi fundada em agosto de 1996 pelo ex-funcionário da Microsoft: Gabe Newell (GabeN) que trabalhou por 13 anos na companhia, e Mike Harrington que trabalhava na empresa de entretenimento Electronics Dynamix.

A Steam foi lançada no ano de 2003, de lá para cá, se tornou uma das principais plataformas de jogos para PC, oferecendo uma ampla seleção de jogos para compra, download e jogos online.

O objetivo da Steam é fornecer aos jogadores um local centralizado para comprar, gerenciar e jogar títulos populares de grandes desenvolvedoras, jogos independentes e até mesmo jogos desenvolvidos pela própria Valve.

Algumas características e funcionalidades da Steam incluem:

  1. Loja de jogos (comprar uma ampla variedade de títulos).

  2. Gerenciamento de biblioteca (instalação dos jogos adquiridos)

  3. Recursos sociais: (conectar seus amigos e formarem grupos)

  4. Steam Workshop (compartilhar conteúdos).

  5. Atualizações automáticas (atualizações automáticas para os jogos).

  6. Steam Cloud (salvar seus arquivos de jogos na nuvem).

Em fevereiro de 2013, a Valve faz o anuncio oficial do lançamento do seu cliente Steam para a distribuição Ubuntu. O primeiro jogo nativo na estreia do cliente foi Left 4 Dead 2.

Instalando Steam no Debian

Steam possui alguns softwares livres disponíveis, mas a maior parte do conteúdo entregue é software proprietário. Deste modo, o cliente Steam encontra-se na sessão non-free, local onde encontram-se somente softwares que não estão em conformidade com o DFSG do Debian.

ATENÇÃO!!

VOCÊ PODERÁ INSTALAR O CLIENTE STEAM UTILIZANDO A LOJA DE APLICATIVOS QUE ACOMPANHA SEU AMBIENTE DE TRABALHO FAVORITO. ISTO SIGNIFICA QUE NÃO PRECISARÁ UTILIZAR O TERMINAL.

O passo a passo a seguir destina-se a versão estável do Debian:

Debian 11 Bullseye amd64 (64 bits)

Siga:

a) Adicione a sessão non-free na Sources List

deb http://deb.debian.org/debian/ bullseye main contrib non-free

b) Habilite a Arquitetura 32 bits – Multiarch

sudo dpkg —add-architecture i386

c) Atualize a lista de Pacotes

sudo apt update

d) Instale o pacote Steam

sudo apt install steam

e) Instale bibliotecas adicionais para títulos Vulkan e de 32 bits

sudo apt install mesa-vulkan-drivers libglx-mesa0:i386 mesa-vulkan-drivers:i386 libgl1-mesa-dri:i386

Agora você poderá executar o cliente Steam pela primeira vez executando “steam” no seu terminal ou menu de aplicativos do seu ambiente de trabalho favorito.

Referencias

Livros sobre Debian:

  1. “The Debian Administrator's Handbook” por Raphaël Hertzog e Roland Mas
  2. “Debian GNU/Linux Bible” por Steve Hunger
  3. “Debian 10 Buster: Complete Debian 10 Setup Guide for Beginners” por Bobbi Leigh Charters

Revistas sobre Debian: 1. “Linux Journal” (edições anteriores) 2. “Linux Format” (edições anteriores)

Revistas sobre jogos retrô: 1. “Retro Gamer” (disponível em formato digital) 2. “Retrogaming Times Monthly” (disponível online)

Revistas sobre Steam: 1. “PC Gamer” (cobertura de notícias e análises de jogos para PC, incluindo Steam) 2. “Game Informer” (revista de jogos que abrange várias plataformas, incluindo o Steam)

Websites sobre Lutris: 1. Página oficial do Lutris: lutris.net 2. Fórum do Lutris: forums.lutris.net 3. Documentação do Lutris: [docs.lutris.net](https://docs.lutris.net


SilCarlos é técnico em redes de computadores com especialidade em segurança de redes de computadores.
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