Ok, eu ia usar esse blog mais como algo pessoal. Algo que eu pudesse expressar meus sentimentos, mas como infelizmente eu não tô muito a par do que tá acontecendo comigo nesses últimos tempos, eu vou usar mesmo como uma ferramenta para catalogar meu diário de bordo nesse maravilhoso mundo do GNU/Linux, dos softwares livres e da federação.

Acho que um ótimo ponto para começar é explicando um pouquinho o que é esse tal de software livre (e por tabela o que é a federação e o GNU/Linux). Basicamente, um software livre é um programa de computador que respeita 4 princípios básicos: – 0) A liberdade de executar o programa para qualquer propósito; – 1) A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades; – 2) A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo e; – 3) A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie. Se você faz um software e ele tem essas 4 qualidades básicas, ele é um software livre.

O GNU/Linux é uma família de sistemas operacionais que são software livre. No meu caso, eu tô usando a distribuição Trisquel GNU/Linux na versão 9.0.1. Eu não sei se ela ainda vai ser atualizada ou qualquer coisa do gênero, mas eu gosto de usá-la. A interface é simples, coesa e atende as minhas tarefas, ou seja, não vejo um porquê para não usar. Mais para frente eu conto como foi a minha saga para instalar esse sistema.

E a federação... bem, eu não sei muito bem o que é, mas aparentemente parece ser um conjunto de sites que tem a mesma filosofia (???). Sinceramente, eu ainda tenho que estudar mais a respeito, entretanto pelo que entendi é isso.

De todos esses carinhas, o que eu mais conhecia era, de fato, o GNU/Linux. Depois que eu vi um documentário muito interessante no Libreflix chamado “Inproprietário – O mundo do software livre” eu mudei a ideia de “ok, esse é mais um sistema legal para programar” para “eita, isso é uma comunidade... eu poderia me juntar”. Passei a pensar muito mais assim depois que eu refleti sobre um tweet que eu fiz criticando a FSF, chamando-a de ingênua e tudo mais. Eu pensei e realizei que deveria ao menos experimentar viver nesse mundo mais livre. Vai que eu esteja falando abobrinha... Vai que eu estou passando vergonha online...

Depois de reunir forças para odiar mais a interface do Windows 11, eu baixei o Trisquel. Já o tinha testado algumas vezes, mas nada que fosse realmente aproveitável. Baixei por torrent, já que poderia até ajudar outras pessoas a baixar também. Estava me adaptando ao modelo da regra nº 2 do software livre. Depois de instalar (e penar alguns dias para achar o meu pendrive), configurei-o pelo Rufus, um programinha muito bom para criar pendrives bootáveis. Eu não sei o que aconteceu, não sei se a tela ficou inativa por muito tempo, mas ele disse que concluiu a configuração do dispositivo muito rápido. Estranhei, mas achei que a versão pode ter dado alguns improvements da versão 2 para 3.

Chegou a tão sonhada hora. Espetei o pendrive, abri o instalador do sistema (tava tão confiante de que tudo ia dar certo que pedi para excluir o Windows) e tudo corria muito bem. Fui tomar um café. Quando voltei, uma tela me dizia que não foi possível achar o Grub, inicializador do sistema. Tava explicado porque a configuração do pendrive foi tão rápida. Fiquei com cara de tacho. Tive uma ideia... abri o sistema no modo live CD, nele baixei uma cópia inteira do sistema e usei o Etcher para criar o bootável. Funcionou... Instalei o sistema, acabei com aquela cópia tosca sem o Grub e configurei tudo certinho. Ok, o wifi deu alguns bugs que eu resolvi meio que na gambiarra, mas deu certo no final.

No final de tudo, consegui instalar meu sistema livre, consegui acesso à internet e consegui fazer uma conta aqui. Talvez num próximo post eu mostre como achar alguns sites legais federados e mais vivências minhas no mundo da programação. Um abraço e até mais.